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Recantos & Encantos de Portugal

O nosso país é belo, cheio de cantos e recantos por descobrir e explorar. A nossa paixão é descobri-los em família, partilhar momentos e criar memórias e partilhar aqui essas aventuras convosco.

Recantos & Encantos de Portugal

O nosso país é belo, cheio de cantos e recantos por descobrir e explorar. A nossa paixão é descobri-los em família, partilhar momentos e criar memórias e partilhar aqui essas aventuras convosco.

Fomos descobrir Rio de Frades e os seus recantos

De regresso demos um saltinho à Senhora da Mó

Recantos e Encantos, 14.08.20

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Adoramos visitar novos recantos, desta vez fomos descobrir as Minas e a Cascata de Rio de Frades em Arouca, um geossítio do Arouca geopark. 

Devo já avisar que os acessos não são os melhores, antes de chegarmos à aldeia a estrada é muito estreita e sem proteção nas bermas, o que se aconselha a fazer o percurso com calma e quase rezar para que não venha ninguém em sentido contrário. Perto da aldeia tem duas opções para a esquerda que nos leva em direção ao rio, para a direita fica a aldeia e as minas, nós seguimos por este. 

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Inicialmente deixamos o carro num pequeno largo antes de uma pequena ponte que dá acesso à aldeia, descemos a pé até à mesma, aqui fomos carinhosamente recebidos por uma senhora da terra que ali vende o seu artesanato e nos fez a descrição do roteiro que queríamos fazer. Ali é possível comprar a história destas minas em formato de papel, de uma edição que saiu em revista em 2017 e ver as pedras de volfrâmio ou as falsas que na altura enganavam muita gente. Graças a esta senhora percebemos que podíamos ir de carro até perto do trilho das minas, uma vez que era um dia de semana, ao fim de semana não aconselhamos de todo que o façam, se até ali a estrada era sinuosa dali para a frente era bem pior, embora já tivesse proteção aqui e ali nas bermas. Optamos por ir buscar o carro, mas ao chegarmos ao final da estrada onde teria lugar para estacionar, estava tudo cheio, tivemos de vir para trás alguns metros e estacionar antes do trilho uns metros. 

O trilho é de fácil acesso, muito bonito o trajeto, depois divide-se em dois para o Túnel para onde queríamos ir e para cima, o PR6 o Caminho do Carteiro.

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Pelo caminho já vamos vendo as construções junto ao rio em baixo, ou ao nosso lado em ruínas que faziam parte do complexo mineiro, que explorava o volfrâmio e estanho pelo menos desde o ano de 1915.

A antiga galeria mineira denominada Vale da Cerdeira, terá sido a mais produtiva em volfrâmio do Couto Mineiro, sendo ainda hoje possível atravessar em segurança no seu interior cerca de 400 metros este túnel que nos transporta no tempo. É muito giro, muito fresco fazer esta travessia, os miúdos adoraram embora aqui e ali o receio espreite, deve levar lanternas porque embora se veja a luz ao fundo do túnel a verdade é que é mesmo escuro. Durante a travessia é possível vermos algumas galerias e as escoras que seguram a mina, à entrada a imagem de Santa Bárbara protectora contra as trovoadas e as chuvas fortes. 

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Do outro lado o cenário é idílico, a natureza em estado puro, claro que nesta altura do ano e em tempo de férias, vem muita gente para cá passar o dia para dar um mergulho.

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Quando saímos do túnel, temos logo o vislumbre da cascata à direita, se seguirmos para a esquerda é possível descer mais à frente para o caudal do rio e ir até perto da queda da água, se descer pelo leito para baixo, mais à frente encontra uma outra cascata, daqui apenas vê a parte superior da mesma e o poço em baixo, de onde não é possível aceder apenas com material próprio. Nós optamos por seguirmos do túnel para a direita, passando ao lado de uma pequena levada de água e atravessamos a ribeira, um pequeno afluente do rio de Frades, mesmo por cima da cascata. 

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Nesta altura faz-se bem a travessia, embora claro sempre com cuidado, principalmente se levar crianças como no nosso caso, onde os cuidados têm de ser redobrados.

Depois de atravessarmos é possível fazermos o trilho sempre junto ao rio, vamos quase sempre à sombra o que é óptimo e o trilho é muito bonito e quase sempre de fácil acesso. Fomos subindo e cruzando-nos com vários grupos que desciam ou subiam quer pelo rio, quer pelo trilho como nós, aqui e ali grupos e famílias  que repousavam e desfrutavam da beleza destes recantos.

O trilho está muito bem defenido embora seja em modo selvagem, são as pessoas que ao percorrê-lo o definem, nós paramos numa zona com uma pequena lagoa onde os miúdos foram molhar os pés, porque aqui a água é gelada e como também era sombrio não dava muita vontade de mergulhar.

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O cenário é de uma beleza extrema, sem dúvida que é a natureza no seu melhor.

Ainda subimos mais um pouco até onde nos foi possível fazê-lo em segurança, daqui vimos uma linda queda de água, sabemos que mais acima tinha uma queda de água e um poço para quem gosta de nadar com uns 6, 7 metros de profundidade, mas nós preferimos voltar atrás por segurança.

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Voltamos a fazer o túnel, uma experiência sem dúvida espetacular. A saída foi feita com calma daqui até à aldeia, de onde se tem agora uma vista mais bonita sobre a mesma.

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Voltamos em direção à vila de Arouca, onde demos um saltinho à Senhora da Mó lá no alto, de onde podemos avistar a Serra da Freita e a vila aos seus pés. A capela estava fechada, era dia de semana, mas aqui tem um bonito parque de árvores e mesas de madeira, onde é possível passar um belo dia de convívio, ontem estava muito vento, ainda assim encontravam-se lá alguns resistentes.

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Foi uma tarde em cheio, rica em história e momentos de pura beleza.

Se pensar visitar a zona de Rio de Frades, evite o fim de semana, e mesmo assim em dias concorridos o acesso de carro é complicado. Vimos uma autocaravana com dificuldades em sair dali, não conseguia dar a volta e um carro quando já vínhamos embora com a roda traseira num buraco de onde ia ter muita dificuldade em sair, teve de ser puxado.

Ainda assim recomendamos sem dúvida a visita ao local, mas antes pare na aldeia e fale com as pessoas dali, e descubra o melhor deste lugar. 

 

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