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Recantos & Encantos de Portugal

O nosso país é belo, cheio de cantos e recantos por descobrir e explorar. A nossa paixão é descobri-los em família, partilhar momentos e criar memórias e partilhar aqui essas aventuras convosco.

Recantos & Encantos de Portugal

O nosso país é belo, cheio de cantos e recantos por descobrir e explorar. A nossa paixão é descobri-los em família, partilhar momentos e criar memórias e partilhar aqui essas aventuras convosco.

Fomos conhecer o Museu do Papel em Terras de Santa Maria

Recantos e Encantos, 28.08.20

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O Museu do Papel Terras de Santa Maria constitui o primeiro espaço museológico dedicado à História do Papel em Portugal, inaugurado em Outubro de 2001 em Paços de Brandão, era um dos museus que estava nos nossos planos visitar e hoje foi o dia de o irmos descobrir. 

Não é muito fácil  dar com o museu, até porque o Gps mandava-nos por estradas que agora são de sentido proibido e que o mesmo não reconhece.

O edifício é muito bonito, fomos recebidos com extrema simpatia pela D.Cristina Silva que foi uma excelente guia embora tenhamos feito a visita livre, que agora e até ao final do mês de Outubro é de entrada gratuita, pode fazer-se a visita guiada mas tem de ser marcada com antecedência.

Subimos ao primeiro piso onde fomos ver a exposição temporária do artista da terra Rui Sousa onde somos surpreendidos pelas marionetas elaboradas pelo mesmo e que são de uma beleza incrível. "Rui Sousa 20 Anos de Marionetas" uma exposição que vale a pena ir ver.

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Fomos orientados pela D.Cristina que nos deu um audio guia onde além de nos dar a  conhecer o processo do fabrico do papel, nos conta também a história deste museu fundado nas antigas fábricas junto ao rio Maior, ambos os edifícios são muito bonitos e inseridos numa paisagem singular que nos deixou a todos encantados.

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"O Museu do Papel integra no seu espaço, duas antigas fábricas de papel, do início do século XIX: Antiga Fábrica de Papel de Custódio Pais e antiga Fábrica de Papel dos Azevedos.

Conhecida na região como Fábrica de Custódio Pais, a sua história iniciou-se em 26 de Outubro de 1822, data da escritura de sociedade que deu origem a um pequeno engenho de papel.

Não foi a primeira nem a única sociedade papeleira das Terras de Santa Maria, nos séculos XVIII e XIX, mas foi a única que teve uma mulher como sócia fundadora. Chamava-se Lourença Pinto e era natural de Paços de Brandão.
Num contexto rural de início do século passado, Lourença Pinto, apesar de analfabeta, não temeu entrar no mundo da indústria, até aí liderado unicamente por homens.

Em 1822, estabeleceu sociedade com Joaquim de Carvalho, mestre papeleiro, transformando os moinhos de cereal que possuía no lugar de Riomaior, em Paços de Brandão, num engenho de papel de características proto-industriais. Com uma produção condicionada ao volume das águas do rio que alimentava a roda hidráulica, e com uma mão-de-obra escassa e familiar, surgiu assim o Engenho da Lourença."

in " Museu do Papel das terras de Santa Maria

Do primeiro edifício saímos para a zona exterior que nos deixou completamente rendidos à beleza do lugar, no segundo edifício estava novamente à entrada a D.Cristina para nos orientar na visita e que amavelmente nos mostrou como se fazia uma folha de papel, ficamos mesmo  admirados não fazíamos ideia do processo, tão simples e ao mesmo tempo tão complexo.

Neste edifício podemos ver todo o processo do papel desde o início até ao fim e devo dizer que é simplesmente fascinante.

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Os miúdos e nós adoramos a visita e o que aprendemos ali, a simpatia com que fomos recebidos, sem dúvida dos mais bonitos museus que já visitamos até hoje.

Recomendamos mesmo a visita ao museu que abriu portas novamente este mês e que cumpre todas as regras de segurança. 

Museu do Papel 

Fotos Recantos & Encantos

 

Aljustrel - Ermida da Senhora do Castelo, Barragem de Odivelas, Albufeira de Montargil e Abrantes

Recantos e Encantos, 27.08.20

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Aljustrel foi a nossa primeira paragem na viagem de regresso a casa do Algarve, esta vila do Baixo Alentejo, fica mesmo ao lado da nacional N2. 

Subimos de carro até à Ermida da Nossa Senhora do Castelo, a capelinha estava aberta onde vimos a imagem da padroeira da vila e a bonita escadaria que liga a vila à ermida, um marco geodésico, o espaço está muito bem cuidado tem mesas à sombra, e oferece uma magnífica panorâmica sobre a vila de Aljustrel e a paisagem circundante dali também se vê o compexo mineiro de Aljustrel.

Valeu a pena o pequeno desvio e absorver esta paisagem...

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Daqui seguimos até à barragem de Odivelas, onde almoçamos num parque à sombra de grandes árvores, tem bar e uma pequena praia fluvial selvagem onde se pode dar um mergulho.

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Daqui seguimos sempre pela nacional 2 até à cidade de Abrantes, o que nos fez passar ao lado da linda albufeira de Montargil, que nos acompanha desde a zona de Mora até Ponte de Sor e onde não resistimos a parar e dar um mergulho nas suas águas mornas.

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A paragem com mais tempo foi na linda cidade de Abrantes, não resistimos a fazer uma pequena visita à zona do castelo, depois de atravessarmos o rio tejo.

Vamos ter de voltar com mais tempo para uma visita demorada, a cidade mudou muito desde a primeira vez que cá estivemos.

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O castelo fica numa colina, de portas abertas a quem o visita é o ex-líbris da cidade. Daqui a vista é simplesmente linda, vê-se a cidade, o rio Tejo que ali passa mesmo ao lado e que atravessamos antes de chegar ali. Adoramos a vista!

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Ali ao lado dos mais bonitos jardins que já visitamos, o Jardim do Castelo tem vista sobre o rio Tejo e Abrantes e é simplesmente lindo!

Com um lago muito bonito com gansos, um lindo coreto, casinhas e escadarias pintadas, árvores e flores que fazem deste lugar um recanto único.

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Já só pensamos em voltar para descobrir mais recantos nesta linda cidade! 

 

 

 

 

 

Algarve e os seus recantos e encantos - O trilho que adoramos fazer

Recantos e Encantos, 25.08.20

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O Algarve tem praias belíssimas, pequenas, grandes, tem falésias, rochas e toda uma paisagem muito diversificada na sua costa.

Nós enquanto casal já conhecemos um pouco da costa e de algumas praias, como pais e com os miúdos apenas fizemos algumas delas. Uma das razões é porque com eles estamos mais disponíveis para usufruirmos da praia e da piscina que eles adoram, como só vamos uma semana não fazemos grandes passeios, aproveitamos para descansar e passar bons momentos em família. 

A praia de Monte Gordo foi uma das nossas eleitas alguns anos, fizemos campismo, o areal é enorme, as águas são muito mais quentes, tal como Manta Rota. Depois temos Tavira, uma cidade belíssima, mas onde a praia é na ilha, tal como na Fuzeta, mas ali a praia é algo de fantástico, linda!

A cidade de Vila Real de Santo António é muito bonita para passear nas suas ruas pedonais e no passeio ribeirinho junto ao Guadiana.

A praia da Rocha em Portimão também é um dos postais das praias algarvias, com o seu grande areal, o único senão é a quantidade de escadas que temos de descer e subir sempre que vamos à praia, Ferragudo ali ao lado é lindo uma pequena aldeia piscatória virada para o rio Arade com o seu lindo forte e pequenas praias, onde é muito difícil estacionar.

De Sagres até Lagos as praias são todas lindas e únicas, cada uma com a sua beleza. Depois temos o Alvor, com as suas praias um pouco ventosas, embora agora na nossa opinião o Algarve esteja muito mais ventoso, mas Alvor é um recanto tão bonito, adoramos!

Armação de Pêra é uma das praias mais concorridas e mais acessíveis pela oferta que tem de alojamento, mas onde ainda é possível ver a faina dos pescadores no dia a dia, das praias mais bonitas que conhecemos quando estivemos nessa zona foi a praia de Nossa Senhora da Rocha, que tem uma capela numa rocha sobre o mar, também já fizemos daí de barco a visita às grutas até à zona do Carvoeiro, também uma praia pequenina mas muito bonita.

A zona onde temos ficado habitualmente desde que a mais pequena nasceu é na praia da Galé, perto dos Salgados onde tem a lagoa que vale a pena visitar e as praias ali ao redor. A nossa favorita é a do Xiringuito, uma praia pequenina que fica muito próxima da Galé mas é mais pequena e resguardada junto ao Hotel Villa Joya, ali quase ao lado temos a praia de Manuel Lourenço, uma praia linda mas com muitas rochas, com maré vaza é muito difícil ir tomar banho.

Depois temos a praia do Evaristo, Castelo, Coelha, de S.Rafael que são uma delícia para os amantes de fotografia e da natureza. já fizemos esta zona de canoa e a paisagem é um espanto!

Na praia de Manuel Lourenço conseguimos fazer um trilho junto ao mar até às praias vizinhas do Evaristo e restantes e digo-vos vale muito a pena. Fizemos este ano mais cedo para apanharmos depois o pôr do sol e foi mesmo brutal!

O Algarve tem recantos muito bonitos, aqui deixamos algumas fotos do trilho que fizemos, espero que gostem, nós adoramos fazê-lo!

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Fomos descobrir Rio de Frades e os seus recantos

De regresso demos um saltinho à Senhora da Mó

Recantos e Encantos, 14.08.20

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Adoramos visitar novos recantos, desta vez fomos descobrir as Minas e a Cascata de Rio de Frades em Arouca, um geossítio do Arouca geopark. 

Devo já avisar que os acessos não são os melhores, antes de chegarmos à aldeia a estrada é muito estreita e sem proteção nas bermas, o que se aconselha a fazer o percurso com calma e quase rezar para que não venha ninguém em sentido contrário. Perto da aldeia tem duas opções para a esquerda que nos leva em direção ao rio, para a direita fica a aldeia e as minas, nós seguimos por este. 

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Inicialmente deixamos o carro num pequeno largo antes de uma pequena ponte que dá acesso à aldeia, descemos a pé até à mesma, aqui fomos carinhosamente recebidos por uma senhora da terra que ali vende o seu artesanato e nos fez a descrição do roteiro que queríamos fazer. Ali é possível comprar a história destas minas em formato de papel, de uma edição que saiu em revista em 2017 e ver as pedras de volfrâmio ou as falsas que na altura enganavam muita gente. Graças a esta senhora percebemos que podíamos ir de carro até perto do trilho das minas, uma vez que era um dia de semana, ao fim de semana não aconselhamos de todo que o façam, se até ali a estrada era sinuosa dali para a frente era bem pior, embora já tivesse proteção aqui e ali nas bermas. Optamos por ir buscar o carro, mas ao chegarmos ao final da estrada onde teria lugar para estacionar, estava tudo cheio, tivemos de vir para trás alguns metros e estacionar antes do trilho uns metros. 

O trilho é de fácil acesso, muito bonito o trajeto, depois divide-se em dois para o Túnel para onde queríamos ir e para cima, o PR6 o Caminho do Carteiro.

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Pelo caminho já vamos vendo as construções junto ao rio em baixo, ou ao nosso lado em ruínas que faziam parte do complexo mineiro, que explorava o volfrâmio e estanho pelo menos desde o ano de 1915.

A antiga galeria mineira denominada Vale da Cerdeira, terá sido a mais produtiva em volfrâmio do Couto Mineiro, sendo ainda hoje possível atravessar em segurança no seu interior cerca de 400 metros este túnel que nos transporta no tempo. É muito giro, muito fresco fazer esta travessia, os miúdos adoraram embora aqui e ali o receio espreite, deve levar lanternas porque embora se veja a luz ao fundo do túnel a verdade é que é mesmo escuro. Durante a travessia é possível vermos algumas galerias e as escoras que seguram a mina, à entrada a imagem de Santa Bárbara protectora contra as trovoadas e as chuvas fortes. 

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Do outro lado o cenário é idílico, a natureza em estado puro, claro que nesta altura do ano e em tempo de férias, vem muita gente para cá passar o dia para dar um mergulho.

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Quando saímos do túnel, temos logo o vislumbre da cascata à direita, se seguirmos para a esquerda é possível descer mais à frente para o caudal do rio e ir até perto da queda da água, se descer pelo leito para baixo, mais à frente encontra uma outra cascata, daqui apenas vê a parte superior da mesma e o poço em baixo, de onde não é possível aceder apenas com material próprio. Nós optamos por seguirmos do túnel para a direita, passando ao lado de uma pequena levada de água e atravessamos a ribeira, um pequeno afluente do rio de Frades, mesmo por cima da cascata. 

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Nesta altura faz-se bem a travessia, embora claro sempre com cuidado, principalmente se levar crianças como no nosso caso, onde os cuidados têm de ser redobrados.

Depois de atravessarmos é possível fazermos o trilho sempre junto ao rio, vamos quase sempre à sombra o que é óptimo e o trilho é muito bonito e quase sempre de fácil acesso. Fomos subindo e cruzando-nos com vários grupos que desciam ou subiam quer pelo rio, quer pelo trilho como nós, aqui e ali grupos e famílias  que repousavam e desfrutavam da beleza destes recantos.

O trilho está muito bem defenido embora seja em modo selvagem, são as pessoas que ao percorrê-lo o definem, nós paramos numa zona com uma pequena lagoa onde os miúdos foram molhar os pés, porque aqui a água é gelada e como também era sombrio não dava muita vontade de mergulhar.

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O cenário é de uma beleza extrema, sem dúvida que é a natureza no seu melhor.

Ainda subimos mais um pouco até onde nos foi possível fazê-lo em segurança, daqui vimos uma linda queda de água, sabemos que mais acima tinha uma queda de água e um poço para quem gosta de nadar com uns 6, 7 metros de profundidade, mas nós preferimos voltar atrás por segurança.

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Voltamos a fazer o túnel, uma experiência sem dúvida espetacular. A saída foi feita com calma daqui até à aldeia, de onde se tem agora uma vista mais bonita sobre a mesma.

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Voltamos em direção à vila de Arouca, onde demos um saltinho à Senhora da Mó lá no alto, de onde podemos avistar a Serra da Freita e a vila aos seus pés. A capela estava fechada, era dia de semana, mas aqui tem um bonito parque de árvores e mesas de madeira, onde é possível passar um belo dia de convívio, ontem estava muito vento, ainda assim encontravam-se lá alguns resistentes.

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Foi uma tarde em cheio, rica em história e momentos de pura beleza.

Se pensar visitar a zona de Rio de Frades, evite o fim de semana, e mesmo assim em dias concorridos o acesso de carro é complicado. Vimos uma autocaravana com dificuldades em sair dali, não conseguia dar a volta e um carro quando já vínhamos embora com a roda traseira num buraco de onde ia ter muita dificuldade em sair, teve de ser puxado.

Ainda assim recomendamos sem dúvida a visita ao local, mas antes pare na aldeia e fale com as pessoas dali, e descubra o melhor deste lugar. 

 

Viagem ao Centro de Portugal - Santa Comba Dão, Albufeira da Lapa de Meruge, Porto Várzea em Campia

Restaurante Cova Funda em Santa Comba Dão

Recantos e Encantos, 13.08.20

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Santa Comba Dão foi a cidade escolhida para visitarmos esta semana, a cidade ficou-nos gravada na memória pela sua beleza desde a primeira vez que a visitamos já lá vão uns anos.

A cidade também faz parte do Roteiro da Estrada Nacional 2, que este ano muitos mais viajantes estão a fazer desde Chaves a Faro, aqui também pode carimbar o seu passaporte no posto de turismo.

Nós chegamos do outro lado, por Mortágua e paramos mesmo no centro para uma visita a pé pelas ruas bonitas desta cidade, aqui respira-se calma e história, aqui no centro histórico da cidade, sede do município, encontra um povoado de traçado medieval, composto por ruelas e pequenas praças, que revelam autênticos tesouros arquitetónicos, o edifício que mais se destacou para mim foi sem dúvida a antiga loja Sr.Costa que foi recuperada e agora funciona como alojamento local e está simplesmente linda!

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Aqui no centro o passeio mais bonito é feito pelos passadiços de madeira junto à Ribeira da Horta, com floreiras de flores coloridas e que dão um charme tão especial à cidade. Nós simplesmente adoramos!

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A igreja Matriz também é digna de visita, tal como todo o centro, para almoçar escolhemos o restaurante Cova Funda onde já tínhamos almoçado e gostamos muito da primeira vez. A escolha não podia ser mais acertada novamente.

O espaço é pequenino, funciona também com take away onde é possível comprar as bolas aqui tradicionais.

Escolhemos dos pratos do dia da ementa escrita à mão, o Arroz de tomate com filetes de pescada, a Dourada grelhada e os secretos de porco ambos servidos com migas e batata à murro, estavam todos muito bem confecionados e saborosos.

Para a sobremesa escolhemos Arroz doce e Bolo de Bolacha ambos caseirinhos e uma delícia.

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O preço é razoável, a comida feita com carinho, o staff muito simpático. 

Daqui seguimos rumo a norte pela famosa estrada nacional 2, saímos em direção ao Caramulo para irmos visitar pela 1ª vez a Albufeira da Lapa de Meruge no concelho já de Vouzela, do qual somos fãs.

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A subida da serra é um percurso muito bonito de se fazer, seguimos o Gps que a certa altura nos levou por um caminho de terra batida com brita, passamos pelo parque eólico e acabamos por nos perder ali no alto, depois encontramos o caminho inicial e a partir daqui já viímos a albufeira, o problema mesmo era lá chegar.

O estradão aqui era a descer e tinha enormes buracos, o que dificultava a passagem por ali, à nossa frente um carro parado a meio com o condutor de fora a analisar por onde poderia passar, depois de falarmos e como era impossível voltarmos para trás por aquele mesmo caminho, acabamos por colocarmos mãos à obra e pôr algumas pedras nos buracos maiores para os nossos carros passarem. Embora na hora tenhamos ficado chateados e também preocupados com a situação, a verdade é que depois de estar tudo bem, vimos estas peripécias como uma aventura da qual nos rimos sempre que nos lembramos.

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Lá em baixo a Albufeira de Meruge esperava-nos, um local muito bonito e sossegado onde foram construídas algumas infraestruturas de madeira que tornam o lugar mais acessível e bonito para passear junto à albufeira, ali mesmo ao lado o Dólmen da Lapa de Meruge um monumento megalítico de câmara poligonal com sete esteios e tampa de cobertura. No corredor são visíveis quinze esteios, nove do lado norte e seis do lado sul. A mamoa, apesar de não cobrir totalmente o monumento, encontra-se muito bem conservada.

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Ali junto à albufeira pastavam serenas vacas serranas com os seus chocalhos a tocar, que naquele lugar era quase a única música de fundo ali a ecoar.

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É pena o caminho até ali pelo lado que o Gps nos mandou não estar nas melhores condições, atrás de nós ainda vieram mais carros por ali que se depararam com o mesmo problema. A saída já fizemos por estrada asfaltada até Carvalhal de Vermilhas e daí até ao parque de lazer Porto Várzea junto ao rio em Campia, onde embora não seja uma praia fluvial com vigilância, etc, não deixa de ser um bom lugar para as crianças tomarem banho, o caudal é baixinho.

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Os nossos não resistiram, a temperatura da água estava ótima e ainda tiveram direito a bolinha de berlim, vendida ali como na praia.

Mais um dia passado em família a fazer o que mais gostamos, passear nos nossos recantos e descobrir novos encantos de Portugal.

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Recantos & Encantos de Portugal

 

 

O nosso roteiro por terras de Bragança com paragem em Mirandela

Recantos e Encantos, 04.08.20

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O nosso passeio por terras de Bragança depois de termos ficado na aldeia de Milhão, começou em direção a Gimonde.

Fizemos o percurso pela antiga estrada nacional que liga Milhão a Gimonde e devo dizer que a paisagem é surpreendente, embora tenha muitas curvas a vista vale bem a pena. Pelo caminho encontramos um miradouro do qual se avista a cidade de Bragança, este é de paragem obrigatória para quem quer ver e respirar a natureza do nordeste transmontano.

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Gimonde é uma aldeia muito perto de Bragança, muito rural, com diversos restaurantes de muita fama pela sua qualidade e atendimento, destacando-se o fumeiro e a famosa posta ou costeleta, alheira, entre tantas iguarias...

Ao chegarmos a Gimonde passamos por cima do rio numa ponte que ainda que recente é muito bonita, e dali vê-se a ponte romana de pedra ali mesmo ao lado com uma pequena poldra por onde se pode passar a pé. 

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O quadro com que nos deparamos dali de cima da ponte é lindíssimo, e sem dúvida que será alvo de muitas fotos, nós não resistimos em parar junto ao rio e percorrer a pé este lugar, a poldra ficou apenas para o pai e filho, pois a mais pequenita não conseguia atravessar e eu não tive coragem para avançar da segunda pedra.

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Daqui seguimos em direção ao Castelo de Bragança, o único castelo português que os espanhóis nunca conseguiram conquistar.

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O Castelo de Bragança composto por uma imponente Torre de menagem, uma muralha dupla, o conjunto está muito bem conservado e a praça de armas, conhecida por cidadela ou vila, onde fica a Igreja de Santa Maria e a Domus Municipalis, mantém o velho casario medieval de ruas estreitas e pequenas casas caiadas de branco.

No interior da torre com cinco pisos está instalado o Museu Municipal propriedade do exército português e que conta com o espólio constituído pela coleção particular de António José Teixeira e por peças doadas pelos militares que tinham participado em campanhas de unidades militares sediadas em Bragança, nomeadamente as de África e de França durante a 1ª Guerra Mundial. O conjunto ilustra a evolução do armamento ligeiro entre os séculos XII e XX.

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De salientar que ao domingo de manhã a entrada é gratuita o que é uma mais valia, principalmente para famílias. O Castelo está muito bem preservado no seu interior e uma vez que conta com o espólio do museu militar é muito giro de visitar com crianças, pois não são apenas paredes.

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Dali fomos visitar a igreja de Santa Maria que é belíssima e vimos por fora a Domus Municipalis um monumento muito bem preservado.

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Ali mais abaixo na rua D.Fernão O Bravo, está instalado o Museu Ibérico da Máscara e do Traje que fomos visitar, também este museu é de entrada gratuita ao domingo de manhã.

Este museu tem como objectivo preservar e promover a identidade e a cultura dos povos desta região da fronteira.

A exposição rica em cor e significado alberga uma importante coleção de trajes e, máscaras e apetrechos usados em diversas aldeias de Trás-os-Montes, da província de Zamora e Lazarim (Lamego), durante as chamadas Festas dos Rapazes ou dos Caretos.

O museu tem três andares que estão divididos por temas, aqui tem cerca de 50 personagens que nos mostram a riqueza da cultura destas gentes, têm exposição de máscaras e também têm sempre em destaque o trabalho de um artesão da zona que se dedica a esta arte.

Visitar este museu permite-nos entrar em contacto com a cultura e história destas gentes, é simplesmente uma delícia.

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Daqui seguimos para a Albufeira do Azibo onde queríamos voltar a mergulhar, chegamos perto das 11:30h os parques de estacionamento já se encontravam fechados, seguimos em frente para tirar fotos e descobrimos a praia da Pegada mesmo ali ao lado, ali estacionámos e estivemos à vontade na praia que embora mais pequenina não deixa de ser uma maravilha, nós até gostamos mais de estar ali. A água estava muito boa, o que seria apenas um mergulho, acabou por ser um par de horas bem passadas na praia fluvial.

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A próxima e última paragem antes de virmos para casa foi na chamada Terra Quente, a cidade de Mirandela, e ponham quente nisso, deviam estar perto de 40 graus senão mais, ali procuramos um lugar onde pudéssemos petiscar as famosas alheiras, a sugestão foi de uma senhora com loja ali no centro, que nos indicou a Taberna de Mirandela que foi sem dúvida uma óptima surpresa, o espaço é muito rústico e elegante, o atendimento foi de uma simpatia única e as iguarias uma autêntica delícia. Gostamos bastante, com preços acessíveis, certamente será um lugar a voltar se voltarmos por cá passar.

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A praxe claro é irmos comprar os enchidos para trazermos para casa, desta vez fomos apenas a uma das lojas que já conhecíamos, por causa do calor que era abrasador os miúdos ficaram à sombra.

Foi um fim de semana cheio de descobertas que vamos certamente guardar nas nossas memórias.

Museu Militar de Bragança

Museu Ibérico da Máscara e do Traje 

Veja o roteiro do primeiro dia:

Roteiro de um dia pelo Nordeste Transmontano

 

À descoberta dos Moinhos da Barrosa

Recantos e Encantos, 01.08.20

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Hoje foi o dia que escolhemos para visitar no concelho de Arouca, na freguesia de Mansores o trilho dos Moinhos da Barrosa.

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Já tinhamos curiosidade em conhecer este percurso, faz parte do PR11 Trilho das Levadas, mas nós só fizemos a parte dos Moinhos da Barrosa que além de ser mais fácil seria para nós a mais interessante.

Deixamos o carro mesmo à entrada do percurso que está bem sinalizado para os Moinhos da Barrosa, o caminho é a descer e mal entramos no trilho a paisagem é fascinante pela sua beleza.

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Todo o percurso está bem cuidado, tem rampas, pontes e corrimões de madeira em bom estado, os moinhos na sua maioria precisavam de ser recuperados, ainda assim a imagem no seu conjunto é de rara beleza. A verdade é que superou as nossas espectativas, não estavamos à espera de encontrar um lugar tão bonito.

Escondido num vale com vegetação frondosa junto a uma ribeira que vai caindo aqui e ali em pequenas quedas de água e formando pequenos lagos no seu percurso, encontramos um conjunto ao todo de pelo menos uma dezena de moinhos em cascata e uma paisagem de cortar a respiração.

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Ainda pensamos como era sábado, o local é fresquinho e com muita sombra, encontrarmos alguém por aqui, mas a verdade é que podemos usufruir do local só para nós.

Foi tão bom conhecer este recanto rodeado de tanta beleza e encanto, de podermos parar,  respirar e escutar o murmurar das águas em silêncio...

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Ficamos impressionados pela beleza da natureza deste lugar, da magia que nos tocou estar ali em família e podermos contemplar este quadro da natureza.

Podíamos ter subido pelo caminho do PR11 que subia, mas preferimos voltar pelo mesmo caminho que nos tinha simplesmente encantado conhecer, e voltamos a fazê-lo desta vez a subir e que bem que nos soube poder mais uma vez parar e contemplar este lugar.

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Valeu a pena a visita, esperamos voltar no outono ou inverno para apreciarmos a mudança da paisagem neste recanto que fomos hoje explorar.