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Recantos & Encantos de Portugal

O nosso país é belo, cheio de cantos e recantos por descobrir e explorar. A nossa paixão é descobri-los em família, partilhar momentos e criar memórias e partilhar aqui essas aventuras convosco.

Recantos & Encantos de Portugal

O nosso país é belo, cheio de cantos e recantos por descobrir e explorar. A nossa paixão é descobri-los em família, partilhar momentos e criar memórias e partilhar aqui essas aventuras convosco.

Roteiro de um dia pelo Nordeste Transmontano

Albufeira do Azibo, Varge, Rio de Onor, Puebla de Sanábria, restaurante O Refúgio em Caravela

Recantos e Encantos, 28.07.20

 

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A primeira paragem do nosso roteiro pelo nordeste transmontano foi na praia fluvial da Ribeira na Albufeira do Azibo, inicialmente não estava prevista mas sem dúvida que foi uma das melhores partes do dia, mesmo sem estar nos nossos planos.

Gostamos de planear os nossos passeios, mas também improvisamos muito, não estamos demasiado presos ao plano inicial, até porque com crianças os planos estão sempre em aberto.

A Praia fluvial da Ribeira é uma praia com todas as condições, água límpida, areia branca, muitas árvores à volta onde é possível resguardar-se do sol, é vigiada, tem barraquinhas a vender artigos para a praia ou lembranças e o Bar- Restaurante. Tem um parque de estacionamente bastante grande, embora com as novas recomendações o fechem quando acham que o número de pessoas está no seu limite, por isso se pensar em ir a esta praia tem de ir muito cedo ao fim de semana, ou durante a semana que é mais calmo.

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É curioso, porque o areal não tinha muita gente nem mesmo dentro de água, as pessoas estavam mais nas zonas verdes, o que para nós foi ótimo, pois como íamos só dar um mergulho, podemos usufruir em pleno do local sem grandes confusões.

Se gostar de água este sítio é ideal para banhos, principalmente com crianças, a água também tinha a temperatura muito agradável para praia fluvial.

O plano era irmos almoçar a Varge ao restaurante "O Careto" como íamos a Rio de Onor ficava no caminho, mas infelizmente já não aceitava reservas. 

Acabamos por almoçar à entrada da cidade de Bragança no "Sabores da Aldeia", um simpático restaurante onde almoçamos na esplanada, pedimos a Posta, grelhado Misto e Lulas grelhadas. 

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Daqui seguimos em direção a Varge a meio do caminho de Bragança e Rio de Onor.

Varge é uma pequena aldeia junto ao rio Igrejas onde é possível vermos algumas esculturas e pinturas dos famosos Caretos que dão alguma cor à aldeia.

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Ficamos impressionados pela fauna do seu rio, pois além dum lagostim conseguimos contar cerca de dez cobras dentro de água a partir da vista de cima da ponte que atravessa a aldeia.

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A paisagem até aqui é lindíssima nesta altura do ano, se não fossem as serras poderia ser facilmente confundida com o Alentejo.

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Quando chegamos a Rio de Onor nem demos conta de tão rápido que foi, à entrada o seu parque de campismo do lado esquerdo e logo ali em frente a aldeia considerada uma das Maravilhas de Portugal.

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O rio atravessa a aldeia, as casas são construídas em dois pisos de xisto escurecido com varandas de madeira onde são penduradas floreiras a dar cor à aldeia.

Tem uma bonita ponte de pedra, uma igreja e um bonito mural pintado no topo de uma casa a dizer-nos que estamos em Rio de Onor.

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Quem aqui chega vê apenas uma aldeia, a ser reconstruida, com um ou outro detalhe, mas o que faz esta aldeia ser tão especial são as suas gentes e a sua história.

Rio de Onor faz fronteira com a aldeia vizinha Rihonor de Castilla já na Espanha, aqui além de vizinhos são na sua maioria família, onde vivem desde sempre como aldeia comunitária, pouco comum no nosso país.

"As populações de ambos os lados vivem essencialmente da agricultura e da pastorícia, onde o sistema comunitário de base ainda se mantém nalguns aspetos do quotidiano da população, sob a forma de posse coletiva de alguns bens,- os campos, os moinhos, os rebanhos -, e pelo modo de administração rural, levada a cabo por dois mordomos, designados pelo conselho, assembleia que reúne representantes de todas as famílias, os vizinhos – atualmente em esquema de rotação cíclica, de modo a que todos possam exercer as funções. Em Rio de Onor as suas gentes utilizam um dialeto muito próprio (o rionorês), com memória e orgulho do seu passado e vaidade nas suas tradições."

O que faz desta aldeia única são as suas gentes, a sua história e a sua riqueza cultural.

Daqui seguimos de carro até Rihonor de Castilla de onde seguimos até Puebla de Sanábria, inicialmente não estava nos nossos planos, mas aproveitamos como era cedo e estavamos ali quase ao lado em ir conhecer a vila.

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O centro histórico medieval de Puebla de Sanábria fica num topo de uma colina junto ao Castelo de onde nos perdemos com a beleza das bonitas ruas empedradas, das varandas enfeitadas e da vista sobre o rio Tera que ali passa mesmo ao lado.

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Além dos monumentos bem preservados esta antiga vila alberga bonitos restaurantes, bares e cafés e lojas de comércio local que dão vida ao centro histórico e onde é possível comprar a famosa Tarte de Sanábria, os seus enchidos ou peças de barro.

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Nós ficamos deliciados com a descoberta desta vila medieval.

Daqui seguimos para Portugal novamente por Rio de Onor em direção à aldeia de Milhão onde ficamos em Alojamento local, na Casa da Oliveira.

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Aproveitamos para descansar as pernas da viagem e depois da sugestão do nosso anfitrião fomos jantar ao Restaurante "O Rústico" na aldeia de Caravela, ali próxima.

Temos de ser sinceros, o restaurante foi uma bela surpresa, com uma decoração rústica e simples o jantar não poderia ter sido melhor.

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Pedimos Costeleta especialidade da região e Cordeiro grelhado, ambos uma maravilha, servido com batata frita e salada de alface.

As sobremesas todas caseiras tinham todas bom aspeto, escolhemos três diferentes, todas elas uma delícia. 

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O staff muito atencioso e simpático, os preços muito bons para a qualidade, aqui servir bem é o mais importante.

Recomendamos o restaurante, para nós 5*, se estiver por estes lados não hesite em visitar.

Café-restaurante O Rústico

 

 

 

   

                                                                                                            

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A tradição da Arte Xávega na praia da Torreira

Recantos e Encantos, 20.07.20

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A Torreira é uma das praias preferidas da nossa zona, também  aquela a que vamos com mais frequência seja para fazer praia ou simplesmente passear, porque além de ter um grande areal, tem todas as condições para passarmos um belo dia de praia ou simplesmente de passeio.

Uma das vantagens de vir a esta praia para quem gosta da nossa cultura e história é que também pode em dias bons ver a tradicional Arte Xávega, claro que agora já não são usados os bois, o trabalho é mais facilitado com os tratores, mas ainda assim é um trabalho digno de se ver.

As gaivotas são as primeiras a dar sinal no mar que a rede está a ser puxada, é vê-las a esvoaçar até a rede ser puxada para terra, também as pessoas se vão aproximando por curiosidade para ver o peixe sair.

Nós temos a sorte de podermos ver este espetáculo com alguma regularidade, as imagens falam por si.

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IMG_2426.JPG Saiba mais neste artigo do Sol muito interessante sobre esta arte na Torreira.

Arte Xávega. Os passos de uma tradição secular

 

 

Ficamos rendidos à beleza dos Moinhos de Jancido

Junto ao rio Sousa em Gondomar

Recantos e Encantos, 06.07.20

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No sábado por acaso ao passarmos a barragem da Crestuma-Lever, passamos pelo corte onde tinha a indicação dos Moinhos de Jancido, o nome não me era estranho, uma amiga tinha partilhado fotos dali não fazia muito tempo, mas não prestei muita atenção. Depois de irmos até ao cais da Crestuma que está em obras e pouco tinhamos para ver, a não ser os barcos ali ancorados, ao voltarmos para trás decidimos dar uma espreitadela a Jancido para vermos os moinhos.

Não sabíamos bem o que esperar, seguimos os sinais que nos levaram até ao inicio do percurso junto a umas casas, seguimos caminho por terra batida, depois de andarmos um bocado começamos a pensar se ainda seria longe pois não viamos nada, apenas monte e caminho de terra batida pela frente.

Ainda assim e mesmo sendo final da tarde seguimos mais um pouco até chegarmos ao inicio do trilho.

O trilho dos moinhos ficava do lado esquerdo, onde já se via um moinho sem telhado e com ar de abandono, pensamos que o lugar estava em ruínas e que não ia valer a pena, mas seguimos pelo trilho que já ali mostrava ser bonito junto à Ribeiro de Cai Águas que quase que nos pedia para o seguir. Tem cordas ao longo de todo o trilho que nos orientam no percurso e nos servem de apoio, todo o trilho é em terra ao longo do ribeiro e todo ele envolto em vegetação muito verde e exuberante. 

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Mais à frente apareceu-nos um conjunto de moinhos inseridos em perfeita harmonia com a natureza, com mesas de madeira para merendas, depois apanhamos o caminho de terra que atravessava ali e ao atravessarmos vimos que estavamos num alto e de um miradouro ali criado já se via o rio Sousa. A paisagem é linda!

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Perto do miradouro tinha uma pequena escadaria que seguimos e a partir daqui foi mesmo o deslumbramento...

Seguimos o trilho que descia e o local era simplesmente mágico, inserido na natureza um conjunto de moinhos recuperados em cascata com uma escadaria toda feita de pedra de lousa que tornava aquele lugar ainda mais bucólico. Aqui o ribeiro que acompanhavamos despenhava-se numa pequena cascata que ia desaguar ao rio Sousa ali aos seus pés, a Cascata do Caiáguas.

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Ali em baixo o rio Sousa corria no seu vagar, ouviamos apenas o murmurar das águas, o canto dos pássaros e o coaxar das rãs...

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Que bom que não voltamos para trás, que mesmo sem termos planeado a visita, em boa hora a fizemos, encontramos mesmo um recanto de encanto, aqui em Jancido.

Tivemos pena de estar a começar a escurecer e termos mesmo de voltar, porque parecia-nos que muito mais teríamos para ver, pois os caminhos em redor estavam aprumados e convidavam a segui-los, mas como não conhecíamos e a hora já se fazia tarde, regressamos pelo mesmo trajecto e que bem que nos soube voltar ali a passar.

 

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Agora depois de pesquisarmos afinal este lugar ainda era mais especial do que imaginavamos, pois este existe graças à boa vontade de um grupo de amigos que aqui decidiu investir o seu tempo a restaurar, construir e criar este trilho apenas por amor à sua terra e para que como eles, outros como nós ali nos possamos deslumbrar, apreciar e nos apaixonar por este belíssimo lugar.

Bem hajam!

Nós ficamos rendidos e esperamos voltar, com mais tempo para explorar cada recanto deste lugar de encantar.

Se quiser saber mais sobre este local, leiam este artigo da Evasões que conta como tudo começou, vale mesmo a pena ler:  

Artigo Evasões

 

Praia Fluvial do Choupal em Castelo de Paiva e Aldeia de Porto Carvoeiro

Recantos e Encantos, 06.07.20

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O verão começou e agora os passeios em família pedem lugares com água, onde seja possível dar um mergulho ou aproveitar as sombras e fresquidão do local.

Aproveitamos o dia de calor para dar um saltinho às praias fluviais do Douro, a água é mais quente do que os rios mais pequenos. O destino era a Praia fluvial do Choupal em Pedorido, mas antes de chegarmos demos um saltinho à zona ribeirinha do Rio Ínha um dos afluentes do rio Douro, de águas baixas ideal para desportos na água como paddle, canoagem ou ensinar as crianças a nadar... Na estrada nacional 222 que liga Canedo a Castelo de Paiva, existe um corte à direita com indicação à zona ribeirinha do Rio Ínha, a estrada tem cerca de 2000 metros e no início tem asfalto e depois terra batida, mas em boas condições. O percurso segue o curso do rio quase até à foz, aqui e ali tem bancos de madeira onde é possível sentar e admirar a paisagem, ou mesmo pescar. Mais à frente na zona final onde a água já tem mais profundidade estavam ancorados no meio do rio vários barcos de recreio onde as famílias se juntam para conviver e passar o dia, em águas calmas. 

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A zona é bonita, é pena não investirem em criar uma pequena praia fluvial na zona, seria óptimo para crianças, uma vez que as águas são baixas no início do percurso.

Depois deste pequeno desvio, seguimos em direção ao Choupal, uma zona de lazer de Castelo de Paiva junto ao rio que está a ser alvo de melhorias. Aqui começam os passadiços que serão concerteza um dos ex-líbris da região, que tivemos oportunidade de conhecer no inverno, mas que ainda só têm um pequeno troço e que foram uma pequena desilusão por isso mesmo.

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A praia fluvial tem um grande areal, embora a areia tenha muita terra à mistura, a água com temperatura amena mas com muita terra e lama. Ainda assim, a praia é agradável, tem um bonito bar com esplanada muito aprazível com vista para o Douro e os patinhos fazem companhia aos veraneantes, dentro e fora de água.

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Daqui seguimos para a Aldeia de Portugal de Porto Carvoeiro, depois de vermos o que havia por perto, não conhecíamos, decidimos ir explorar. A aldeia é ribeirinha com um pequeno largo e ancoradouro no rio Douro, pequenina, ainda assim bonitinha.

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As casas são bonitas, algumas senhoriais junto ao rio mas o que mais me fascinou foi a pintura no tanque público que está mesmo junto ao rio, com uma pintura que lembra talvez alguém ali da aldeia, pelo menos dá ideia de parecer uma homenagem. Ali em frente à deriva um barco azul igual ao da imagem "O Atrevido do Douro". 

Gostava de saber a origem desta pintura, a sua história...

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Termas de São Pedro do Sul

Recantos e Encantos, 05.07.20

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Depois de conhecermos o Lenteiro do Rio em São Pedro do Sul, fomos visitar as Termas de São Pedro do Sul ali mesmo ao lado na Várzea. Estas termas são as mais reputadas e frequentadas do nosso país, Pedro do Sul é um município reconhecido por possuir a maior e mais desenvolvida estância termal da Península Ibérica, com uma vocação milenar para o termalismo de saúde, considerada a Cidade do Termalismo, merece mesmo uma visita.

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Tivemos pena de estar fechado o Balneário Romano, restaurado e aberto ao público este ano, onde as águas voltaram a correr passados 2000 anos, ainda assim deu para perceber por fora pelo seu exterior a beleza deste recanto.

O rio Vouga é a figura de destaque, por aqui passa vaidoso onde todos querem tirar uma foto. São Pedro do Sul é muito fotogénico, tem lugares escolhidos a dedo para tirar fotografias, como a enorme torneira que está na ponte pedonal mesmo no meio do rio, que parece suspensa e a pedir uma fotografia.

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O serviço de bem-estar termal das Termas de S. Pedro do Sul é vocacionado essencialmente para o relaxamento, para quem está de passagem, de fim-de-semana ou de férias e pretende ter uma experiência no balneário termal, usufruindo simultaneamente das características únicas da água termal. Se quiser saber os serviços e o preçário pode consultar aqui:

Termas Preçario

Ao lado do Balneário D.Amélia e subindo tem um bonito jardim onde tem uma fonte onde a água sai à temperatura das termas.

Fomos também comprar e provar os doces regionais "Os Vouguinhas" uma especialidade de São Pedro do Sul, da Casa dos Vouguinhas e que ficaram mais que aprovados por nós, são muito bons. Pode comprar a caixa de 6, apenas por 5€, à unidade é 1€. Vale bem a pena ceder ao pecado da gula.

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Aqui existe muito alojamento, desde hóteis, alojamentos locais, pensões e etc, mas para nós aquele que se destaca pela sua beleza é sem dúvida o Inatel São Pedro do Sul Hotel **** ali mesmo no centro e que faz parte da paisagem, tal como o Grande Hotel Lisboa. Acho que se pudessemos seriam estes os eleitos para uma estadia, nem que fosse para uma noite, os edifícios são ambos muito bonitos.

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Inatel Hotel 

A visita acabou com um pequeno passeio na zona ribeirinha onde podemos apreciar a beleza do local.

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São Pedro do Sul e as suas termas são um dos encantos de Portugal sem dúvida, e vale sempre a pena voltar!

 

 

Parque das Águas do Porto

Recantos e Encantos, 05.07.20

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O Parque das Águas do Porto ocupa perto de um terço das atuais instalações  sede da Águas do Porto, E.M., correspondendo ao antigo bosque e mata da Quinta de Vilar das Oliveiras. A propriedade foi adquirida pela CMP no ano de 1927, nela instalando a sede dos então SMAS e um conjunto de redes e instalações que viriam a ser determinantes na consolidação do recentemente municipalizado serviço de abastecimento de água. Neste contexto, desde a década de 1930 até 1960, foram sendo retiradas algumas fontes e chafarizes do espaço público portuense, vindo a encontrar nesta propriedade, nomeadamente na sua área verde, o lugar para mostrar á cidade um vasto património artístico e técnico.

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Nós descobrimos o local graças a um primo que vive perto dali e que às vezes postava fotos deste parque, um dia decidimos ir conhecê-lo.

Quando chegamos fomos surpreendidos com vários tipo de fontes, fontanários antigos que fazem a decoração deste espaço, uma mata linda. Daqui também conseguimos ter uma vista muito bonita para o rio Douro.

Não sendo um local muito concorrido, faz também com que seja mais agradável passear por lá.
O Parque fica na Rua Barão de Nova Sintra,  com entrada gratuita de segunda a sexta: 10:00-18:00h; sábados, domingos e feriados: 9:00-19:00h entre abril e setembro e 10:00-18:00h de outubro a março.
De qualquer forma devido à pandemia pode ter sofrido alterações.

O recanto do Lenteiro do Parque em São Pedro do Sul

Montanhas Mágicas

Recantos e Encantos, 02.07.20

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No sábado foi dia de irmos conhecer o parque "Lenteiro do Rio" em São Pedro do Sul, muito perto do centro da cidade.

O Parque situa-se junto à foz do rio Sul, onde este se funde com o rio Vouga, convém dizer que fomos sobretudo por ver fotos no Portal de Lafões deste local, que nos fez ir à descoberta deste bonito recanto. Bem hajam pelas partilhas!

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O Parque junto ao rio tem área de lazer, um pequeno parque infantil, uma grande levada de água muito bonita que outrora fazia rodar as pás de uma nora que elevava a água do rio para rega dos campos agrícolas. A nora está a ser construida em madeira, quem sabe voltará a rodar... Junto à mesma existe uma poldra que servia de passagem entre as margens do Vouga que dá a este lugar um certo encanto, pelo menos para nós.

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"Reza a lenda que foi aqui que uns pescadores avistaram a imagem de São Pedro nas águas do rio Sul, que só por milagre ali tinha chegado praticamente intacta. E assim ficou batizada esta localidade como São Pedro do Sul." Conheciam a lenda? Nós não, nem este local tão bonito, e tantas vezes passamos ali ao lado.

O parque é ladeado por um grande muro de pedra que acompanha a levada da água, do outro lado do muro porém tem um parque de árvores enorme no qual tem um Skate Park para delicia dos jovens que lá se encontravam, um parque de manutenção e vários equipamentos infantis espalhados pelo parque ainda em fase de conclusão. 

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São Pedro do Sul está a apostar na qualidade de vida dos seus moradores e no turismo e acho que isso é louvável. O parque depois de concluído vai ser um bom lugar para vir em família, passear e estar, as crianças vão certamente adorar! Os parques fazem muita falta às comunidades, e então com este arvoredo, vai proporcionar momentos muito bons a quem por ali passar. Achamos que faz falta este tipo de investimento na maioria das nossas localidades, os parques infantis são uma mais valia para todos, pois além das crianças, servem de ponto de encontro para a comunidade, visitantes e etc... Como pais sentimos muitas vezes falta de locais de recreio como este para estar em família.

Ainda assim, só por si o Parque do Lenteiro do Rio já merece a visita, pois é muito agradável e bonito!

Vejam as imagens e comprovem, nós adoramos! Mais um recanto explorado...

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Na antiga ponte que passa por cima do rio Sul junto ao parque de estacionamento ainda podemos provar os sorvetes que ali vendem numa pequeno carrinho, existe melhor maneira de terminar o passeio?

Mas daqui ainda fomos às Termas de São Pedro do Sul, ali mesmo ao lado (2km), vêm daí connosco? Não percam o novo post.

 

O nosso roteiro a Castelo de Vide e Marvão

Dia 1

Recantos e Encantos, 01.07.20

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A vontade de voltar a Castelo de Vide e ao Marvão, era para nós há muito uma realidade, normalmente gostamos de conhecer sítios novos, mas aqui ficou-nos sempre aquela vontade de voltar.

Quando fomos da primeira vez, o nosso filho ainda era pequenito, ficamos numa residencial mesmo no centro junto ao jardim, a senhora era muito velhinha e simpática, e o quarto era de madeira pintada azul tradicional do alentejo. foi muito agradável, parecia estarmos em casa.

Não sou de fazer muitos planos, tenho medo que corra alguma coisa mal, então deixo quase sempre ficar para a última, desta vez não foi diferente. Decidimos ir no dia anterior, liguei para o alojamento depois de pesquisar na internet e lá fomos nós, num dia de Agosto visitar o nosso Alto Alentejo.

Chegamos a Castelo de Vide ainda de manhã, aí antes de entrarmos na cidade viramos à direita seguindo a indicação da Srª da Penha, foi dos locais que nos ficaram na memória.

Ao chegarmos ao alto, tem um parque com árvores e uma escadaria que nos leva à Ermida da Nossa Senhora da Penha e da qual temos uma vista privilegiada para a cidade de Castelo de Vide. O que mais me fascina nestas paisagens mais a sul, é o aglomerado das casas das cidades e depois em redor só se vê as planícies. Só pela vista já vale a pena a subida, a temperatura também já se sentia a subir.

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Edificada no século XVI esta é uma construção simples constituída por nave, capela-mor redonda e sacristia, sendo o seu interior forrado com azulejos policromos do século XVII.

"A Ermida situa-se no alto no monte, acedendo-se por uma longa escadaria que termina no adro deste templo, onde se ergue um cruzeiro, colocado no início do século XX.
Daqui tem-se uma vista maravilhosa sobre a linda vila de Castelo de Vide, bem como de toda a envolvência natural e humana, em grande parte pertencente ao Parque Natural da Serra de São Mamede, que compensa claramente o esforço físico que a escadaria comporta, existindo igualmente e para melhor usufruir do espaço, um agradável parque de merendas."

in Guiadacidade.pt

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Daqui seguimos rumo à cidade onde encontramos as ruas enfeitadas aqui e ali dando mais cor à cidade. Seguimos em direção ao Castelo a pé e percorrendo as pequenas estradas que nos levam ao mesmo.

O Castelo está um pouco abandonado, vale a pena a vista que se tem dele, dali vê-se a cidade e a Ermida onde tínhamos estado antes.

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Seguimos para dentro das muralhas, que é das coisas que mais gostei em Castelo de Vide, é que aqui existem casas e gente que vive lá dentro. Aqui as ruas estavam enfeitadas com cordas com peças de crochê penduradas, lembrando os estendais de roupa.

Saimos da cidadela entrando nas ruas do bairro judaico, a sinagoga estava fechada, fomos procurar onde almoçar. A sensação com que ficamos, não sei se devido à espectativa ser alta, é que a cidade parou um bocadinho no tempo. Depois de almoçarmos fomos até ao centro onde está a fonte da vila, que é um dos ex-líbris da cidade, estava muito calor, aproveitamos a sombra e água para nos refrescarmos, os miúdos molharam-se mesmo.

Daqui seguimos pelas ruas estreitas e saímos em direção ao Marvão.

Antes de subirmos ao Marvão, o Lugar de Portagem fica mesmo no caminho com a sua bela praia fluvial, da primeira vez que lá fomos estava vazia, desta vez para delícia dos filhos e do pai estava a encher. Junto à piscina existe um lugar fresco com várias árvores onde podemos estender a toalha à sombra.

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Daqui vê-se o castelo do Marvão lá em cima, onde fomos logo de seguida.

 

Entramos as muralhas a pé e percorremos a vila de ponta a ponta, Marvão é uma vila lindíssima, se achamos Castelo de Vide parado no tempo em relação à 10 anos, aqui sentimos o oposto, Marvão respirava vida e cheirava a bolachas acabadas de fazer numa pequena loja mesmo na entrada da vila, à qual não resistimos em entrar e a comprar uns saquinhos para provar.

Tivemos a sorte de podermos ainda entrar numa pequena oficina de artesãs, que estava prestes a fechar, onde apeciamos o seu trabalho e onde também compramos uma fachada das casas típicas alentejanas.

Fomos subindo em direção ao castelo com algum receio de também estar a fechar, mas não, estava aberto até mais tarde, aqui pagamos o preço simbólico de 1,5€ por pessoa, as crianças não pagaram.

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O castelo do Marvão é muito bonito e muito bem conservado inserido em plena Serra de São Mamede. Das coisas que mais nos impressionou da primeira vez que o visitamos, foi entrarmos na cisterna e ela estar cheia de água em pleno verão, num alto como aquele, porém desta vez ficamos deveras desapontados, pois a mesma estava completamente vazia.

 Adoro registar os momentos em fotos ou vídeo, mas este momento em que entramos no jardim do castelo, só em memória o conseguimos fazer, sentir o aroma que ali se sentia das plantas aromáticas ali plantadas, é das melhores memórias que trouxe deste lugar.

As fotos não fazem jus à beleza deste lugar, de qualquer forma ajudam-vos a conhecer e a nós relembrar este belíssimo recanto de Portugal. 

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Na zona de fora do castelo existe um bonito jardim, um parque infantil,  junto à Pousada de Santa Maria, daqui a vista é sublime e também aqui, os cheiros das plantas inundavam e tornaram este fim de tarde ainda mais belo.

Voltamos a percorrer as ruas, aqui já com alguma pena e saudade de deixar este lugar, daqui fomos para Beirã ali mesmo ao lado onde fomos jantar e dormir. 

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O resto do dia conto-vos amanhã, espero que tenham gostado do primeiro dia em terras do nosso lindo Alto Alentejo.

 

De passagem por Vouzela, terra de Dão Lafões

Recantos e Encantos, 01.07.20

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Vouzela é uma das vilas da região de Dão-Lafões no centro de Portugal, que tem evoluído bastante em termos paisagísticos, com um centro histórico muito bonito para se calcorrear a pé. É um local que visitamos sempre que podemos, foi o caso de hoje depois de visitarmos S.Pedro do Sul e as suas termas, viemos passar aqui o final da tarde tão agradável e passear mais uma vez nas suas bonitas ruas, agora tão bonitas e coloridas com as suas flores multicolores!

A Linha Ferroviária de Vouzela que servia o ramal de Viseu ligava esta cidade à Linha do Vouga, o caminho de ferro chegou à vila no ano de 1914 onde o comboio apitou pela primeira vez em Vouzela, mas passou à história nos anos 90 do século passado, quando o comboio aqui apitou pela última vez.

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Ficou a ponte que atravessa o rio Zela com toda a sua imponência, entretando convertida em travessia pedonal e que serve de miradouro maravilhoso. Junto à ponte, encontra-se em perfeito estado de conservação, uma antiga locomotiva a vapor, que percorreu certamente muitas vezes este trajecto. 

O centro de Vouzela está bem conservado. É agradável passear pelas ruas, os espaços públicos são bonitos e asseados, o parque infantil e o jardins bem cuidados.

Desta vez porém não nos foi possível atravessar a pequena ponte pedonal por cima do rio Zela, estava fechada por falta de gradeamento, e também nota-se que as águas subiram a jusante no inverno e ainda não foi arranjado nem limpo o leito do rio.

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Se for a Vouzela não deixe de comprar ou provar se for a primeira vez, os famosos "Pastéis de Vouzela". Alguns defendem que esta receita é tão antiga como um antigo convento cuja memória se perdeu no tempo. Atualmente, o saber fazer continua a passar de família para família, o que faz com que seja um segredo bem guardado. 

Pastéis de Vouzela, uma iguaria dos deuses

Como era fim do dia, ficamos para jantar,  já tinhamos ouvido falar muito bem do restaurante Margarida ali em Vouzela, decidimos experimentar.

O restaurante tem uma pequena esplanada, virada para as Montanhas Mágicas, na hora do pôr do sol, é mesmo bonito. Quem visita este restaurante vai descobrir a arte de bem receber desta família que gere este espaço gastronómico, O Fernando e a Margarida. 

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O espaço é acolhedor, aqui a comida é de reconforto, parece a comida feita em casa, muito saborosa! A D. Margarida além de ser uma simpatia é uma cozinheira de mão cheia.

Enquanto esperamos, o sr.Fernando fez a delicía  dos miúdos cá fora com bolas de sabão que voavam ao sabor do vento, enquanto a D.Margarida ia preparando o jantar. A vantagem de chegarmos cedo é termos tido atenção e simpatia extra.

O sr. Fernando é um óptimo anfitrião que veste a camisola da casa que gere com primor. Depois de feitas as apresentações dos pratos e sugestões, lá nos decidimos.

Para entrada foram servidas numa pedra de lousa , tostinhas com queijo e ervas que estavam uma delícia!

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Como estavamos na zona de Lafões escolhemos a Vitela da região assada no forno que veio acompanhada por batata à murro e legumes cozidos, a vitela estava muito ternrinha e saborosa. Também escolhemos o Arroz do forno com carne, enchidos e cogumelos, especialidade da casa, era mesmo muito bom, de ambos os pratos, foi o nosso predileto. 

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A sobremesa foi mousse de chocolate e a tarte de bolacha com noz, estavam ambas boas!

Recomendamos fazer marcação antes, uma vez que o espaço é pequeno. Preço médio.

A nota máxima é mesmo para a comida, bem confeccionada e o atendimento com que somos brindados desde que entramos até sairmos do restaurante.

Bem hajam, um brinde a vós!

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Ah, e se vir margaridas iguais a estas aqui e ali no caminho que o leva a Vouzela, já sabe o "Margarida Restaurante" espera por si...

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O valor no restaurante do que consumimos foi suportado por nós.