Por terras de Celorico da Beira, Guarda e Belmonte
A nossa Beira Alta
No sopé da Serra da Estrela, banhada pelo rio Mondego temos a bonita vila histórica de Celorico da Beira. O seu postal de visita é sem dúvida o seu castelo, que foi alvo de intervenção e que agora dá gosto de visitar, no passado ficamos muito desapontados, pois estava muito abandonado.
O Castelo em estilo românico-gótico, corresponde à Cidadela, mas todo o centro histórico respira este ambiente medieval, com as suas casas graníticas com portais góticos, janelas manuelinas, gárgulas e mísulas salientes nas paredes. Celorico da Beira é conhecida por ser a "Capital do Queijo da Serra da Estrela", tendo já o Rei D. Dinis, em 1287, criado o primeiro mercado de queijo de Celorico da Beira, que hoje em dia se realiza à 3a feira, de Dezembro a Maio.
Igreja de Santa Maria
Aqui também pode visitar o Solar do Queijo, este magnifico edifício por si só merece uma visita, mesmo em frente à igreja de Santa Maria.
Daqui partimos para a bela cidade da Guarda, onde paramos primeiro no Parque da Cidade junto à entrada da cidade, para delicía de todos. Aqui tem um parque infantil digno de visita, até nós adultos experimentamos alguns dos equipamentos, muito bem cuidado, diversificado, original e com muito espaço.
O Centro histórico da Guarda é dos mais bonitos e bem conservados do país. A parte central junto à Sé Catedral é o ex-líbris da cidade mais alta de Portugal.
"Na cidade mais alta de Portugal um ar de montanha, leve e saudável, corre por entre as ruas medievais a que o granito dá nobreza e uma cor morena."
"É essa a cor da Sé Catedral. Alta, imensa e imponente, tem aspeto de fortaleza com as possantes torres erguendo-se como símbolo de defesa da fé e do território. E se o exterior nos impressiona pela inspiração do desenho e da decoração gótica, lá dentro surpreende pela esmagadora altura das naves e um enorme retábulo todo esculpido em pedra.
Cá fora, na praça, as arcadas quinhentistas albergam cafés onde podemos descansar e ver como pulsa o coração da cidade. Daqui partem ruas estreitas de palácios em granito e casas antigas com janelas góticas e gárgulas nos beirais. Todo o centro histórico está protegido por muralhas, portas e torres medievais que chegaram até aos nossos dias quase intactas.
Junto às muralhas situa-se a Judiaria. A maioria das construções remonta à Idade Média, conservando símbolos gravados na pedra e a arquitetura original com duas portas – uma estreita para acesso ao piso superior residência da família, e outra mais larga para a loja no piso térreo, já que a maioria dos judeus se dedicava ao comércio."
in visitportugal
Começamos por visitar em Belmonte o Castelo e a zona histórica tão bonita em seu redor.
Junto do castelo encontra-se a pequena igreja romano-gótica dedicada a São Tiago.
"Em Belmonte fixou-se uma importante comunidade judaica, que aumentou substancialmente no séc. XV quando os Reis Católicos de Espanha publicaram o Édito de expulsão dos judeus em 1492, o qual viria a ser seguido pelo rei de Portugal em 1496. Durante esse período, muitos judeus vindos de Espanha estabeleceram-se nas localidades perto da fronteira, como foi o caso de Belmonte.
Belmonte preserva o seu ambiente medievo tão exemplarmente quanto os judeus preservaram em segredo orações, tradições e costumes desde essa época até aos nossos dias mais tolerantes, que permitiram a abertura ao culto de uma nova sinagoga."
Belmonte é muito rico em história e tem vários museus que pode visitar, pode consultar aqui quais:
Nós fomos visitar a Villa da Quinta da Fórnea, não sendo um local habitual do turismo local, fomos a conselho de um amigo e valeu a pena, o local é mesmo um recanto embrenhado na natureza que gostamos muito de visitar.
"A Quinta da Fórnea é um conjunto de ruínas romanas que remonta o século II. Localizada entre Belmonte e Caria, foi descoberta recentemente aquando da construção da A23 em 1999.
As escavações revelaram várias peças romanas, pelo que se supõe, ter sido uma propriedade habitada por uma família e criados. Esta estava construída com várias divisões, algumas delas ainda bem definidas, lagar de azeite, vinho, transformação de cereais, fundição de ferro, estábulos para animais. Todo o núcleo estava ligado por um sistema de caleiras que permitiria o abastecimento e circulação de água.
Foram também colocadas a descoberto umas termas, com os tradicionais tanques, que permitiriam banhos de diferentes temperaturas (frigidarium, tepidarium, caldarium), um deles apresentando paredes com mais de 1,50 metros de altura, com vestígios de escadas e revestido a opus signinum. Além dos tanques, descobriram-se também vestígios do hipocausto e apoditerium que completariam o equipamento de umas termas. Foram também descobertos vários compartimentos, provavelmente relacionados com a habitação dos proprietários e dos seus dependentes. Todas estas estruturas, assim como a zona da entrada da villa e todos os espaços vazios que estariam ocupados com colunas e espaços ajardinados, comprovam a grandeza e riqueza dos seus proprietários."
O nosso interior é rico em história, vilas e cidades fantásticas que merecem a nossa visita.