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Recantos & Encantos de Portugal

O nosso país é belo, cheio de cantos e recantos por descobrir e explorar. A nossa paixão é descobri-los em família, partilhar momentos e criar memórias e partilhar aqui essas aventuras convosco.

Recantos & Encantos de Portugal

O nosso país é belo, cheio de cantos e recantos por descobrir e explorar. A nossa paixão é descobri-los em família, partilhar momentos e criar memórias e partilhar aqui essas aventuras convosco.

Castelo de Arraiolos

Recantos e Encantos, 24.08.15

O castelo de Arraiolos fica no alto da vila e é muito bonito, principalmente a vista sobre a vila e arredores.

Merece um visita...

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"O castelo de Arraiolos, tem como período aceite para a sua construção, o reinado de D. Dinis, por volta de 1310, sendo doado a D. Nuno Álvares Pereira, em 1387, que também recebeu o título de Conde de Arraiolos.   No reinado de D, João IV, em plena época da Restauração da Independência, o castelo foi remodelado, mas algumas décadas depois estava ao abandono e o terramoto de 1755, completou a ruína que já apresentava.   Depois de em 1910, ser classificado como Monumento Nacional, foram executadas obras de recuperação, a cargo da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. Situado num dos mais altos montes da região de Évora, caracteriza-se por estar envolvido por uma muralha de forma elíptica."

 

Veja as fotos em: https://www.facebook.com/media/set/?set=a.410662315799219.1073741879.281833055348813&type=3&uploaded=32

Igreja matriz de Alcáçovas

Recantos e Encantos, 24.08.15

Ao entrarmos em Alcáçovas ficamos rendidos pela imponência da Igreja matriz logo à entrada da vila e pela sua beleza, o antigo palácio dos henriques encontra-se em obras de restauro que bem merece e a a capela das conchas também merece uma visita, porém à hora que passamos encontravam-se fechadas ambas as igrejas.

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"A primitiva igreja matriz de Alcáçovas, dedicada a Santa Maria, foi fundada em 1308 pelo bispo de Évora D. Fernando II (ESPANCA, Túlio, 1975). O templo foi comenda da Ordem de Cristo, e posteriormente da Ordem de Avis, tendo como padroeiros os donatários da vila, os Henriques de Trastâmara.
Em meados do século XVI, a igreja foi reconstruída segundo um novo projecto, de gosto maneirista, sendo o risco da fachada muito semelhante à estrutura da igreja do Espírito Santo de Évora. Desconhece-se o autor da traça, sabendo-se porém que durante alguns anos a obra de edificação foi dirigida pelo mestre de pedraria Baltazar Fernandes (Idem, ibidem).
Nesta época, a matriz terá mudado de orago, tendo então como padroeiro São João Baptista, e no século XVIII passou a ser dedicada a Cristo Salvador, orago que se manteve até hoje.
De planta rectangular, desenvolvida longitudinalmente, o templo apresenta uma fachada que se divide em três registos e cinco panos. Estes são marcados pela disposição de pilares dóricos, que separam o corpo principal, os corpos laterais, correspondentes às naves colaterais, e os dois torreões.
Da edificação quinhentista são os portais, o principal de moldura rectangular encimada por frontão, de gosto classicista, e os laterais, de moldura rectangular simples, e os torreões coroados por sineiras e pináculos piramidais. O programa decorativo barroco, que englobou as molduras dos janelões do segundo registo, o remate do frontão do corpo central e os fogaréus, foi executado cerca de 1748 (Idem, ibidem).
O espaço interior divide-se em três naves de cinco tramos, antecedidas por coro-alto e cobertas por abóbada de nervura assentes sobre colunas dóricas. Da campanha quinhentista subsistem também o púlpito, de mármore, e as pias de água benta. Em cada nave colateral foram abertas quatro capelas. Do lado do Evangelho foram consagradas as capelas de Nossa Senhora do Rosário, decorada com pintura mural, Nossa Senhora dos Remédios, que alberga no retábulo uma tela maneirista com a representação da Santíssima Trindade , a capela do Senhor Jesus do Pereira, e a capela-panteão dos Henriques, ou do Senhor dos Passos, reaproveitada da estrutura original do templo, mas que sofreu algumas transformações no século XVII, que no entanto não alteraram o arco gótico da entrada e os túmulos dos instituidores. Posteriormente, este espaço foi decorado com pintura mural a seco, durante duas campanhas decorativas, uma realizada no século XVIII, que corresponde ao camarim da capela, outra do século XIX, na abóbada e alçados (SOUSA, Catarina, 2003, p. 125).
Do lado da Epístola situam-se as capelas de Santo António, decorada com painéis de azulejos seiscentistas, a de São João Evangelista, a de São Miguel, e a de São Francisco Xavier, onde foi inserido o túmulo de Pedro Fernandes Colaço da Fonseca, mordomo-mor do infante D. João, que havia sido enterrado na igreja primitiva.
A capela-mor, de planta quadrangular, é antecedida por arco triunfal pleno assente em pilastras dóricas. O espaço é coberto por abóbada de caixotões de pedra, que em época posterior à sua edificação foi estucada e policromada, e as paredes laterais são forradas com painéis de azulejo de tapete, policromos e com figuração naturalista, executados por uma oficina lisboeta cerca de 1696. O retábulo-mor, de talha maneirista dourada e policromada, foi executado pelo mestre eborense Sebastião Vaz em 1640, albergando no centro uma tábua pintada em 1712, representando Cristo Salvador (ESPANCA, Túlio, 1975). "
Catarina Oliveira
GIF/IPPAR/2005

Castelo de Almourol

Recantos e Encantos, 24.08.15

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 Já conheciamos, mas era um daqueles locais que nos fazia saudades e esperávamos voltar.

O castelo ainda está sob a tutela do exército português, restaurado recentemente vale a pena a visita.

A travessia faz-se de barco no local pela junta de freguesia o valor é de 2,20€ por pessoa, crianças a partir dos 6 anos.

 

Situado numa pequena ilha escarpada, no curso médio do rio Tejo, o Castelo de Almourol é um dos monumentos militares medievais mais emblemáticos e cenográficos da Reconquista, sendo, simultaneamente, um dos que melhor evoca a memória dos Templários no nosso país.

As origens da ocupação deste local são bastante antigas e, por isso mesmo, enigmáticas. Alguns autores referiram a possibilidade de aqui se ter instalado um primitivo reduto lusitano, ou pré-romano, posteriormente conquistado por estes, e com vagas de ocupação ao longo de toda a Alta Idade Média. Fosse como fosse, o certo é que em 1129, data da conquista deste ponto pelas tropas portuguesas, o castelo já existia e denominava-se Almorolan.

Entregue aos Templários, que então efectivavam o povoamento entre o Mondego e o Tejo, sendo mesmo os principais responsáveis pela defesa da capital, Coimbra, o castelo foi reedificado e assumiu as características arquitectónicas e artísticas essenciais, que ainda hoje se podem observar. Através de uma epígrafe, colocada sobre a porta principal, sabemos que a conclusão das obras deu-se em 1171, escassos dois anos após a grandiosa obra do Castelo de Tomar, mandada edificar por Gualdim Pais, cuja actividade construtiva à frente da Ordem, nas décadas de 60 e 70 do século XII, foi verdadeiramente surpreendente. São várias as características que unem ambos, numa mesma linha de arquitectura militar templária. Em termos planimétricos, a opção por uma disposição quadrangular dos espaços. Em altura, as altas muralhas, protegidas por nove torres circulares, adossadas, e a torre de menagem, verdadeiro centro nevrálgico de toda a estrutura.

Estas últimas características constituem dois dos elementos inovadores com que os Templários pautaram a sua arquitectura militar no nosso país. Com efeito, como deixou claro Mário Barroca, a torre de menagem é estranha aos castelos pré-românicos, aparecendo apenas no século XII e em Tomar, o principal reduto defensivo templário em Portugal (BARROCA, 2001, p.107). A torre de menagem do castelo de Almourol tinha três pisos e foi bastante modificada ao longo dos tempos, mas mantém ainda importantes vestígios originais, como a sapata, que nos dá a dimensão geral da estrutura. Por outro lado, também as muralhas com torreões adossados, normalmente providas de alambor, foram trazidas para o ocidente peninsular por esta Ordem, e vemo-las também aplicadas em Almourol.

Extinta a Ordem, e afastada a conjuntura reconquistadora que justificou a sua importância nos tempos medievais, o castelo de Almourol foi votado a um progressivo esquecimento, que o Romantismo veio alterar radicalmente. No século XIX, inserido no processo mental de busca e de revalorização da Idade Média, o castelo foi reinventado, à luz de um ideal romântico de medievalidade. Muitas das estruturas primitivas foram sacrificadas, em benefício de uma ideologia que pretendia fazer dos monumentos medievais mais emblemáticos verdadeiras obras-primas, sem paralelos na herança patrimonial. Data, desta altura, o coroamento uniforme de merlões e ameias, bem como numerosos outros elementos de índole essencialmente decorativa e muito pouco prática.

No século XX, o conjunto foi adaptado a Residência Oficial da República Portuguesa, aqui tendo lugar alguns importantes eventos do Estado Novo. O processo reinventivo, iniciado um século antes, foi definitivamente consumado por esta intervenção dos anos 40 e 50, consumando-se, assim, o fascínio que a cenografia de Almourol causou no longo Romantismo cultural e político português.

Fonte: IPPAR

 
 

 

MP3 icon Audio Roteiro

  • Barco Almourol
  • Castelo de Almourol - barco
  • Castelo de Almourol - cais da ilha
  • Castelo de Almourol - reflexo
  • Castelo de Almourol - vista da torre de menagem
  • Castelo de Almourol - vista de Tancos
  • Castelo de Almourol no inverno
  • Castelo de Almourol por Maria Isabel Clara
  • Castelo de Almourol
 

Lenda de D. Beatriz e o Moiro MP3 icon

Aí pelos séculos IX ou X, era dono do castelo um senhor Godo chamado D. Ramiro, casado e tendo uma filha única de nome Beatriz.
Valoroso soldado era, todavia, rude, orgulhoso e cruel como a maioria dos senhores de sangue gótico. Ao regressar de uma das suas sortidas de guerra e orgulhoso dos seus feitos que em grande parte se cifravam em inúmeras atrocidades encontrou já próximo do Castelo duas moiras, mãe e filha, que embora infiéis reconheceu serem lindas como sua esposa e filha, que deixara em seu solar.
Fatigado da viagem e sedento, D. Ramiro interpelou as moiras para que cedessem a água que a mais jovem transportava na bilha.
Assustada pela figura e tom de voz do feroz cavaleiro, a pequena moira deixou que a bilha se lhe escapasse das mãos e quebrando-se, perdeu o precioso líquido que D. Ramiro tanto desejava.
Encolorizado e cego de raiva, este de pronto enristou a lança e feriu as duas desgraçadas que antes de morrerem, o amaldiçoaram. E porque surgisse entretanto um pequeno moiro de 11 anos, filho e irmão das assassinadas o tornou cativo e trá-lo para o Castelo. Chegado que foi a Almourol o moço viu a mulher e a filha de D. Ramiro e jurou fazer nela a sua vingança.
Passaram anos. A castelã adoece e pouco a pouco se foi definhando até morrer, em resultado do veneno que lhe vinha ministrado o cativo agareno.
O desgosto de evento leva D. Ramiro a procurar na luta contra os infiéis, refrigério para a sua desdita e parte confiando a guarda da sua filha ao jovem mouro, que fizera seu pagem, dada a docilidade e cortesia que o mesmo sempre astuciosamente revelara. Aconteceu, porém, que os dois jovens ignorando as diferenças de condições e de crenças, em breve se enamoraram, paixão contra a qual o mancebo lutou desesperadamente mas em vão, dado que tal amor lhe impedia de consumar a sua vingança.
Mas não há bem que sempre dure e o enlevo e a felicidade dos dois jovens são desfeitos pelo regresso de D. Ramiro que se fazia acompanhar por outro castelão, a quem prometera a mão de sua filha.
O moiro, então alucinado e perdido, contou tudo a Beatriz as crueldades do pai, as promessas de vingança o envenenamento da mãe e a luta que travara entre o amor e o juramento que fizera.
Não se sabe o que se seguiu a esta confissão. Diz entretanto a lenda, que Beatriz e o moiro desapareceram sem que mais houvesse notícias deles. E D. Ramiro, cheio de remorsos e de desgosto morreu, pouco depois, ficando abandonado o Castelo, Conta a lenda que em certas noites de luar se vê o moiro abraçado a D. Beatriz e d: Ramiro a seus pés, a implorar clemência sempre que o moiro solta a palavra “maldição”.
Deste modo o viajante que por ali deambule, não deverá se surpreender se, em certas noites de luar, vir passar por entre as ameias as vestes brancas dos templários com a cruz de sangue sobre o peito de D. Beatriz e o moiro unidos por um abraço eterno. Talvez consiga ouvir mesmo, por entre o rumorejar das águas, os soluços de D. Ramiro.

Lenda de Almorolon MP3 icon

No século XII era senhor de Almorol um emir árabe chamado Almorolon, do qual pretendem alguns que o Castelo tomou o nome.
Nele habitava um moiro com uma filha, formosíssima donzela que adorava.
Quiseram os fados que a bela jovem se enamorasse dum cavaleiro cristão, a tal ponto que a paixão lhe revelou o modo e a arte de o introduzir de noite no Castelo a que se habituara, em repetidas incursões amorosas, franquear a porta deste a companheiros seus que perto embuscados aguardavam.
E assim foi o Castelo traiçoeiramente conquistado. Mas desiludida e triste vitória foi esta, que o emir e sua filha, estreitamente abraçados, lançaram-se das muralhas do castelo ao rio, preferindo tal morte ao cativeiro resultante de tão vi derrota.

Lenda de assalto ao Castelo MP3 icon

Ao Castelo vieram Ter as princesas Miraguarda e Polinarda, com as suas donas e donzelas a que o gigante Palmeirim de Inglaterra deu hospitalidade e as tratou com a maior das atenções ainda que as tivesse suas prisioneiras.
Não tanto pela bela Miraguarda, essa que a natureza fez estremeada de bem parecer e formosura, mas antes pela sua dama Polinarda, Palmeirim tenta raptá-las e salta para a esplanada do castelo.
Mas aì estava o Cavaleiro Triste, vencedor dos maiores campeões daquela época e que era apaixonado por Miraguarda.
Desafiando Palmeirim para um passo de armas, o feriu tendo palmeirim de ser curado das suas feridas em uma vila a 3 Km do Castelo.
Entretanto o Gigante Dramusiando que anteriormente Palmeirim vencera, convertido à fé cristã se fizera seu amigo e companheiro, tendo notícias de grandes forças de Almourol quis medi-las com ele e venceu. Dramusiando ficou então senhor do Castelo e desde então ficou de guarda às princesas, obrando maravilhas de força e valor.

 
 
 

 

 

Praias fluviais do centro de Portugal

Recantos e Encantos, 11.08.15

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Partimos à descoberta de algumas praias fluviais pelo centro de Portugal, iniciámos com uma paragem no Recreio da Fraga, já conhecíamos mas valeu a pena a pequena paragem para um mergulho. A praia fica em Vila Nova de Poiares e é uma sucessão de quedas de água em várias piscinas, ótimos espaço com árvores e para famílias com crianças pequenas, eles adoram! Tem bar de apoio onde também alugam chapéus de palha na zona de relva. Seguimos viagem por Vila Nova de Ceira, parámos na praia das Canaveias ótimos parque com árvores à beira rio para fazer piqueniques, o único senão é não ter acesso à água muito fácil, só tem uma escada para descer, não é muito fácil o acesso a crianças, só mesmo com ajuda de um adulto dentro de água e de braçadeiras. Quando chegámos a Góis ficamos logo deslumbrados quando a atravessar a ponte sobre o rio Ceira, e nos deparámos com a vista sobre a praia da Peneda, uma praia com uma ilha no meio, com fáceis acessos à água, tem um passadiço de madeira pela margem do rio que liga a outra praia mais a sul, a Praia do Pego Escuro também com um pequeno açude e uma pequena ilha, com o Bar Moinho de apoio. Mais a norte também a praia do Cerejal, com um parque verde espetacular, com mesas e parque infantil. A praia muito idêntica às primeiras com um pequeno açude e uma ilha de areia no meio do rio. Góis tem ótimas condições para os amantes de canoagem e amadores, o rio tem muitas sombras. Lá seguimos para Sarzedo em Arganil, por baixo do parque de campismo tem a Praia do Valeiro do Barco, que não é bem uma praia, tem um parque junto ao rio com relva, árvores e mesas e também um Bar de apoio "O Ar do Rio" que passa música e que tem uma piscina com nadador salvador e a melhor parte é que é gratuita, abre só da parte da tarde a partir das 13h, recomendamos a visita. Ao regressarmos fizemos uma ultima paragem em Penacova, na praia do Reconquinho no rio Mondego junto ao parque de campismo, a praia tem um grande areal, porém não apreciámos muito, a música ambiente estava exageradamente alta, parece que estávamos numa sunset party, quando o que pretendíamos era um pouco de sossego junto ao rio, a areia também tem muita terra o que faz que ao caminharmos levante muito pó, também o campo de futebol na praia com esta qualidade de areia não é muito recomendado, pois estávamos na praia a levar com o pó do jogo de futebol que decorria ali. Achamos que a praia merecia melhor condições, pois tem tudo para ser um ótima praia, a paisagem é linda! Veja aqui as fotos:

https://www.facebook.com/media/set/?set=a.406338706231580.1073741875.281833055348813&type=3