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Recantos & Encantos de Portugal

O nosso país é belo, cheio de cantos e recantos por descobrir e explorar. A nossa paixão é descobri-los em família, partilhar momentos e criar memórias e partilhar aqui essas aventuras convosco.

Recantos & Encantos de Portugal

O nosso país é belo, cheio de cantos e recantos por descobrir e explorar. A nossa paixão é descobri-los em família, partilhar momentos e criar memórias e partilhar aqui essas aventuras convosco.

Quintadona a aldeia de xisto em Penafiel

Recantos e Encantos, 22.01.24

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A aldeia de Quintandona situa-se no extremo noroeste da freguesia de Lagares e Figueira, no concelho de Penafiel. Com poucas dezenas de habitantes, esta é uma aldeia pequena, mas repleta de recantos e encantos para admirar. Quintandona integra a Rota do Românico e já foi candidata às “7 Maravilhas de Portugal”.

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Construções de xisto e de lousa dão um ar pitoresco à aldeia. Percorrer as ruas estreitas, mas belas, de Quintandona é sinónimo de encontrar sempre algo diferente para fotografar.

No natal aldeia, veste-se a rigor, ainda vimos algumas das decorações, que ainda não foram retiradas.

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Em setembro é realizado a Festa do Caldo, a festa típica de Quintandona, onde são servidos os caldos tradicionais da aldeia.

Existem também percursos pedestres que vale a pena explorar, nós ainda fomos visitar algumas quedas de água, perto da aldeia, que vale a pena visitar. 

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Existe alojamento na aldeia e também um Winebar Casa da Viúva, que serve vinhos e petiscos da região, ao domingo porém fecha as 15h30.

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Se quer conhecer melhor esta aldeia cheia de encanto, veja todas as fotos na nossa página de Facebook: 

Aldeia de Quintadona

Lenda da Velha e do Jebo

Reza a lenda que na aldeia vivia uma velha muito feia, que nunca casou. A troça dos vizinhos afastou-a do convívio humano. Da encosta ia lançando esconjuras e feitiços a quem a gozava, mas o isolamento não acalmou o seu sonho de ser mãe.

Procurou então uma bruxa, trocando a alma por um filho que nasceria medonho, um ano depois. O jebo, meio humano, meio diabo, que a velha pariu, tornou-se o terror dos habitantes: o que de dia colhiam, ele roubava à noite. O que semeavam ao sol, ele estragava ao luar.

Por altura da festa da aldeia, o povo juntava-se para o apanhar, mantendo-o preso para que todos desfrutassem da festa tranquilamente. A tradição hoje mantém-se: na noite anterior à Festa do Caldo, prende-se o jebo. Para ele não ficar triste, fez-se uma bebida em sua memória. O Licor Mijo do Jebo. 

 

 

 

 

 

 

 

A Encosta dos Túneis em Sever do Vouga, um recanto para descobrir

Recantos e Encantos, 21.12.23

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Sever do Vouga é uma caixinha de surpresas, no que toca a recantos a explorar na natureza, esta região é riquíssima em lugares idílicos.
Um dos locais que gostamos mais de conhecer, foi a sua ecopista em Paradela. Quando fomos pela primeira vez, lembro-me de ficarmos fascinados com a Quinta que a ecopista atravessa a Encosta dos Túneis - Empreendimentos Turísticos, Ldª.
Se vista de fora é bonita, conhecer os recantos e encantos da mesma é mesmo um sonho!
A quinta tem cerca de 70 hectares, e vai até às margens do rio Vouga.

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A Quinta do Vale Côvo é atravessada por uma linha de água que percorre um vale e por uma antiga linha de caminho de ferro atualmente transformada na Ecopista do Vale do Vouga. Esta quinta encontra-se repleta de uma vegetação rica, com árvores centenárias e árvores autóctones como castanheiros, carvalhos, sobreiros, pinheiros mansos, medronheiros, laranjeiras e vinhas, transformada em Alojamento Local, com várias suites, casas, piscina, campo de ténis e ainda um salão para eventos, com lugar para 300 pessoas.

 

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Têm uma zona com animais, perus, galinhas, gansos, cavalos, vacas e 2 burrinhos, a sua nova aquisição e que fazem as delícias dos miúdos e graúdos que aqui ficam hospedados. 

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Fomos muito bem recebidos, pela D. São a responsável, pelo bem estar dos hóspedes na quinta. Como estava atarefada com a organização de um evento, não nos pôde acompanhar para vermos de perto os animais, e dar por exemplo cenouras aos burros. 

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Aqui os hóspedes podem colher fruta, para comer e se estiverem nas casas com kitchenet, também podem usufruir dos legumes da horta.
Tivemos direito a visita guiada à quinta, com o Riscas, que fez questão de nos acompanhar e pedir mimos, claro.

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O espaço é tão grande, que, quase nos esquecemos que estamos numa quinta, parece uma aldeia! 

As suites são muito giras, têm sala, casa de banho, sofá cama e no piso superior o quarto com cama de casal. As casas são todas muito bonitas em pedra, têm kichnet onde podemos preparar as refeições. 

Existe um bar, lounge onde são servidos os pequenos almoços e o espaço é lindíssimo. 

Toda a decoração é muito bonita, e nesta época do ano, também se sente o Natal nos pormenores.

Nós ficamos mesmo muito impressionados com a beleza deste lugar. Sobretudo com a simpatia com que fomos recebidos, gratidão!

A quinta tem bicicletas e uma entrada direta para a Ecopista, para os hóspedes. Aqui perto fica a praia fluvial Quinta do Barco, a Vila fica a 4km, tem muitas sugestões na nossa página de Facebook, sobre o que visitar em Sever do Vouga.

Saiba mais em:https://encostadostuneis.com/

Veja todas as fotos da nossa visita na nossa página: Recantos & Encantos de Portugal

 

Fomos conhecer a casa mais antiga do Pão de Ló de Arouca e a sua doce história

A.Teixeira - Pão de Ló de Arouca desde 1840

Recantos e Encantos, 10.12.23

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O pão de ló de Arouca, é para nós já uma referência, uma vez que é muito conhecido na nossa região. Faz parte inclusive, da nossa mesa da Páscoa e do Natal em casa dos meus pais. Porém, nunca tinhamos ido à sua casa em Arouca, mas há sempre uma primeira vez.

A história do famoso pão de ló, começa em 1840 pelas mãos da autora a D. Angelina. Agora à frente do negócio, está um jovem casal a quem foram confiadas as receitas, o Tiago e a Catarina. Ele filho da terra e com formação em pastelaria. Surgiu a oportunidade, e eles entraram nesta aventura, à cerca de 4 anos, com a ajuda preciosa da D.Isilda, mãe do Tiago. 

Devo dizer, que o testemunho foi muito bem passado. O Tiago e a Catarina conseguiram manter o tradicional, as receitas dos produtos originais, continuam a ser as mesmas, é claro, mas foram adaptando e modernizando, quer a nível de ajuda no fabrico, quer na apresentação final do produto.

Nós aproveitamos o feriado, para irmos conhecer este doce recanto! Ficamos surpreendidos com o espaço, é tão bonito e agradável! Nos dias mais frios, a lareira da sala é acesa, e torna o local ainda mais acolhedor.

A decoração do espaço é muito bonita, com muita atenção nos pormenores. Hoje em dia, não se limitam a vender, só o pão de ló e o copo de vinho verde a acompanhar, mas primam por uma variedade de produtos, alguns da sua autoria como :os biscoitos de canela; chocolates; os chãs são feitos na casa, com saquetas de pano e ervas secas, entre outos...

A loja tem um leque de produtos variados, regionais e nacionais com os quais, têm parcerias. Também pode provar ou comprar aqui, a doçaria conventual de Arouca, da casa "Doces Conventuais de Arouca, pelas mãos de Jorge Bastos". 

Pode até escolher e personalizar cabazes para oferta, ou comprar produtos, que normalente, não encontra à venda em grandes superficíes.

 
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Conhecemos a Catarina e o Tiago, que nos receberam com tanto carinho e simpatia, e nos convidaram a conhecer os bastidores, onde a magia acontece, e onde são confecionados, os doces tesouros da casa!

Como fomos da parte da tarde, já não vimos o fabrico, mas foram-nos explicadas todas as etapas, e procedimentos para chegar às nossas mãos, o produto final. 

Engane-se, quem pensa que o processo é rápido, não é de todo. Tudo é feito com tempo, e no tempo certo, todo o processo passa pelas mãos de Tiago ou Catarina, os únicos que conhecem as receitas, e que sabem o ponto certo por exemplo, da calda de açucar.

É tudo feito em fornos a lenha, um antigo, ainda o original e também um industrial. O Tiago foi arranjando formas de simplificar e ajudar no processo, mas a maioria, ainda é feito como antigamente, com balanças de pesos, por exemplo.

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Ficamos espantados, com o tamanho das formas, onde fazem as fatias do pão de ló, dá para 39 fatias cada uma. Depois de feito o bolo vai arrefecer, para ser cortado às fatias no dia a seguir, agora com um molde, (antes eram medidas com um compasso), para depois levarem o banho de açucar, e por fim ser feito o seu embalamento.

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Uma das imagens de marca desta casa, são as embalagens de venda, do seu produto. São muito bonitas e elegantes! As caixas em cartão hexagonais do páo de ló redondo, ou as caixas dos melindres, das cavacas e das fatias do pão de ló húmido, que foram criadas e inspiradas na azulejaria da sua cozinha. Os antigos azulejos azuis e brancos, muito comuns nas cozinhas e nas igrejas portuguesas. 

Foi um previlégio, conhecer a história através do Tiago e da Catarina, um casal inspirador, que conseguiu manter a tradição, mas que estão, sempre com os olhos postos no futuro, no dinamizar, modernizar e publicitar a sua marca. 

Ficamos rendidos à sua simpatia, e agora que conhecemos o espaço tão acolhedor, e a história do mesmo, vamos voltar, com certeza mais vezes.

O chocolate quente estava mesmo uma delícia e o mini pão de ló servido com doce de ovos, era de comer e chorar por mais, ficamos fãs!

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Vale mesmo a pena, a visita a este recanto, cheio de encanto!

Ali pode tomar o seu pequeno almoço ou lanchar em família, tem muita variedade como numa confeitaria normal. E mesmo não sendo no centro da vila, acredite que vale bem, a paragem ou desvio.

Gratos pelo convite, e como receberam a nossa família, bem hajam!

Se quiser saber mais visite o seu site: https://paodelodearouca.pt/

 

Veja todos os registos, da nossa visita na nossa página: Casa do Pão de Ló

 

Visita às Minas da Recheira na Covilhã, uma viagem no tempo

Recantos e Encantos, 04.12.23

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Fomos visitar um antigo complexo mineiro de estração de estanho e volfrâmio que parou no tempo há 50 anos, agora convertido em atração turística. A Quinta da Minas da Recheira, na localidade de Barco, no concelho da Covilhã. 

O complexo está inserido numa quinta, antigamente agrícola, ali aos pés correm as águas do rio Zêzere, com vista privilegiada para a Estrela.

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Fomos muito bem recebidos pela equipa mineira, a D.Aurora e o Eng.Luis António, que nos acompanharam, nesta nossa visita.

As visitas são feitas em grupos, por reservas às 10h30 e às 15h30 e têm a duração aprox. de 1h30h a 2h.

O acolhimento é feito ao grupo pelo responsável da visita, neste caso o eng.Luis, que nos deu a conhecer a história deste local, ficamos a conhecer como era a vida dos operários nas minas, o minério que ali era extraído de uma forma muito técnica, mas leve. Notasse que as minas, não são apenas um trabalho para a equipa, mas sim, uma paixão tal o entusiasmo. O eng. Luis levou-nos a uma verdadeira viagem no tempo, sempre com muita história, curiosidades e muito humor, ao longo de toda a nossa visita, foi uma experiência muito enriquecedora, além de super divertida!

A visita é muito interessante para crianças, mas também para os adultos, somos todos equipados com coletes e capacetes no início, parecemos uns verdadeiros mineiros, acho que no final, ficamos todos com pena por ter terminado a visita. As minas não são todas visitáveis, ficamos a saber que numa delas, por exemplo têm uma produção de cogumelos no seu interior, e também é guardado vinhos para maturação.

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No percurso que fizemos, é possível vermos os carris das vagonetes por onde era tirado o minério, perto da entrada existe uma nascente natural que aproveitaram para fazer uma pequena fonte luminosa muito bonita. Durante o percurso o eng. Luis vai-nos sempre mostrando, ensinando e falando acerca do que vamos vendo, de uma forma técnica, mas muito lúdica, o bom humor, foi sempre presente nesta nossa visita.

Vimos a galeria, onde é feito o estágio de espumantes e vinhos Almeida Garret, visitamos o salão de eventos numa galeria mineira, onde já foram realizados diversos eventos, alguns videoclipes entre eles, uma vez que a sala tem uma óptima sonorização natural. 

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Ao longo do percurso fomos descobrindo alguns "fofinhos" pequenos morcegos que vivem nas galerias, que nos encantaram a todos, também encontramos a Batcaverna do Batman, e também o Spiderman em ação.

Já foram realizados aqui pedidos de casamento e até um divórcio, é verdade! Podem pedir orçamentos para realização de eventos no espaço ou ajuda na sua preparação.

Para fechar em pleno a visita, foi-nos oferecido um copo de ginjinha da região.

Na loja, pode no final, adquirir recordações da visita às minas, vinhos e espumante, entre outros...IMG_20231202_121522.jpg

A visita às minas, apesar de sabermos o que íamos visitar, acabou por se revelar uma surpresa, superou em muito as nossas espetativas. Parabéns, à equipa pela sua prestação, pois a experiência positiva, muito se deve, à sua entrega e dedicação. 

Gratos pelo vosso convite, foi um gosto enorme conhecer-vos!

Se procura uma experiência diferente e inovadora, não hesite em visitar o complexo mineiro.

Se quiserem ver todas as fotos da nossa visita, visitem a nossa página do facebook :Fotos

Para mais informações visite o site das Minas da Recheira: https://minasdarecheira.pt/

Santuário da Senhora da Peneda no Gerês, um recanto bem guardado junto à Fraga e lagoa da Meadinha

Recantos e Encantos, 27.04.23

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Aproveitamos o feriado do 25 de Abril para desfrutarmos o dia em família e voltamos ao Santuário da Senhora da Peneda no Gerês, um lugar mágico onde nos sentimos em plena liberdade! 

Já cá tínhamos estado os quatro em familia mas em passeio de carro. Desta vez porém fomos determinados a levar os miúdos em caminhada serra acima até à Lagoa do Pântano, (já tinhamos lá ido os dois quando conhecemos pela primeira vez este lugar com um casal amigo), o percurso demora cerca de 1h para cada lado, nós fizemos em menos e fomos devagar) o grau de dificuldade é fácil para quem está habituado, eu não posso dizer o mesmo, são cerca de 2,800km ida e volta, é sempre a subir em altitude até à lagoa o caminho é em de pedra com algumas escadas feitas na escarpa (caíram durante o inverno e deixaram o caminho algum tempo intrasitável, tiveram de ser ali partidas e aproveitadas para arranjarem o caminho) , existem outros trilhos que passam por aqui mais longos, nós porém voltamos pelo mesmo caminho.

O caminho até lá é muito bonito, feito em pedra e por entre a folhagem das árvores, na subida tem alguns miradouros e a Fraga da Meadinha onde fazem escalada, um dos locais mais procurados pelos amantes deste desporto. 

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A subida à lagoa foi uma experiência única, quando chegámos ao topo tivemos o privilégio de termos o lugar só para nós que paz, só se ouviam o coaxar das rãs e a água a correr.

A lagoa do pântano é artificial, era antes uma represa que servia como mini hídrica para fornecer eletricidade à aldeia da Peneda. 

O grande penedo, que se encontra no meio do pântano, tem também uma história curiosa: dizem os mais antigos que as mulheres que com a mão esquerda conseguissem colocar uma pedra no cimo do penedo, no ano seguinte casariam. Ainda hoje esta lenda perdura. São muitas as mulheres que aqui se deslocam, na esperança de casarem no ano seguinte.

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Nós fizemos a viagem desde Arcos de Valdevez, pela porta do Mezio onde tem agora o parque biológico que abriu portas em Setembro de 2022 e onde se podem ver algumas espécies da zona, nós ainda estivemos tentados em entrar mas optamos por continuar até ao santuário uma vez que os planos eram irmos em família à lagoa a pé e ficávamos limitados no tempo.

Pelo caminho porém vimos cavalos, potros, vacas, vitelos e até coelhos a atravessar a estrada e paisagens de tirar o fôlego.

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Para quem não conhece o Santuário da Senhora da Peneda este ergue-se na margem direita do rio da Peneda, ocupando um recôncavo sob um afloramento granítico conhecido por Penedo da Meadinha, o que lhe confere um enquadramento paisagístico único, no topo a lagoa artificial da qual a água vem serra abaixo e forma a cascata mesmo junto ao santuário. 

"A construção do santuário está associada à lenda de Nossa Senhora das Neves. Reza a lenda que no século XIII, a Senhora revelou-se por duas vezes a uma pastorinha que aí andava com o seu rebanho. De início, tomou a forma de uma pomba (a 5 de agosto de 1220) e solicitou-lhe que fosse construído no local da aparição um santuário em sua honra. A menina correu a dar a notícia, mas ninguém a acreditou. Uns dias depois, a Santa apareceu-lhe novamente no mesmo ponto e já com a forma que hoje se venera. Pediu então à menina que fosse a Roussas e que lhe trouxessem uma mulher daí chamada Domingas Gregório, que se encontrava entravada há muito. Os habitantes deste lugar transportaram logo a pobre doente, que, na presença da Senhora, se curou imediatamente. Aí começou o culto, tendo sido construída uma pequena ermida no local da aparição.

Durante a Idade Média a devoção a Nossa Senhora das Neves foi crescendo, e já entre os finais do Séc. XVIII e meados do Séc. XIX foi construído o atual templo em sua honra.

O espaço arquitetónico do Santuário é composto pelo templo-igreja principal, iniciado em 1838 e finalizado em 1857; pelo escadório das virtudes, obra de 1854 que apresenta estatuária representativa da Fé, Esperança, Caridade e Glória; pelo grande terreiro; pelo terreiro dos evangelistas (de 1860); pelo escadório e suas 20 capelas, bem como pelo largo do Anjo S. Gabriel e pórtico principal de entrada com imagem de Nossa Senhora da Encarnação, ambas realizações do século XVIII."

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"Nos tempos antigos a Romaria tinha lugar em Agosto; atualmente, a romaria a N. S. da Peneda decorre entre os dias 1 a 8 de Setembro. A partir de 31 de Agosto e até 8 de Setembro, depois das 5 horas da tarde, realiza-se o terço cantado, percorrendo as capelas da escadaria do santuário. Nos dias 6 de Setembro os populares cantam e dançam ao som das concertinas durante toda a noite, até às 7 horas da manhã. É considerada uma das mais concorridas romarias de Portugal, envolvendo peregrinos portugueses e galegos.
A festividade assenta num espaço natural e arquitetónico de beleza universal, com um magnífico afloramento rochoso de grande dimensão, uma queda de água e uma envolvente paisagística natural assombrosa, onde o belíssimo templo do século XVIII/XIX e o seu escadório de 20 capelas temáticas formam um todo de inigualável caracterização, dentro do espaço privilegiado do único Parque Nacional português: A Peneda-Gerês."

Vale mesmo a pena a visita, acredite! 

Deixamos aqui os links da página de Facebook se quiser ver todas as fotos destes recantos lindíssimos. 

Santuário

Trilho da Lagoa da Meadinha

Viagem Arcos de Valdevez à Peneda

 

 

Rota dos Moleiros

Parque Molinológico de Ul

Recantos e Encantos, 24.04.23

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O trilho da Rota dos Moleiros fica integrado no Parque Temático Molinológico, na Aldeia de Portugal de Ul, em Oliveira de Azeméis.

"A Rota dos Moleiros é uma pequena rota que une os 4 núcleos do Parque Temático Molinológico, para que possa descobrir cada recanto deste espaço. Era por estes caminhos que os moleiros percorriam as margens dos rios Ul e Antuã, carregando cereais e farinha nos seus animais de carga – os burros." Esta rota pretende levar-nos ao passado, redescobrindo a atividade moleira, aliando-a ao contacto com a natureza, além da farinha, os moinhos também serviam para fazer o descasque do arroz (não sabíamos).

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O lugar não é novo para nós mas já não vínhamos cá à algum tempo. Hoje voltamos para ver as melhorias e fazermos o passeio a dois. Deixamos o carro junto ao núcleo dos moinhos da igreja onde iniciámos atravessando a ponte e descemos pela margem esquerda do rio, o percurso tem um grau de dificuldade baixo e está equipado com várias zonas de descanso e de lazer, o caminho é muito bonito e agradável de se fazer.

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O trilho tem o seu início no Núcleo da Ponte da Igreja e termina na Igreja Matriz de Ul, é um trilho circular perto de 4km, nós porém não subimos à igreja.

O lugar é muito bonito, tem sido alvo de recuperação nestes últimos anos e merece mesmo a visita, pena é mesmo a qualidade e o cheiro das águas do rio Ul, não fosse isso este lugar tinha tudo para ser idílico.

Pode também ver no espaço museológico as padeiras a confecionarem as famosas padas e regueifas de Ul, mostrando a sua história e tradição. (Pode também comprar para o lanche ou levar para casa, nós já não chegamos a tempo, fica para uma próxima. 

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GPS: 40º48'52.51"N

Se quiser veja a galeria das fotos na nossa página do Facebook : 

Rota dos Moinhos

Passadiços do Cerro da Candosa em Vila Nova do Ceira

Recantos e Encantos, 18.08.22

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Os novos passadiços na freguesia de Vila Nova do Ceira são o ponto alto das visitas da região desde que foram inaugurados no início deste ano, a ideia dos mesmos surgiu após os incêndios que destruíram esta zona em 2019, quase como uma homenagem a este recanto. 

Os passadiços têm início junto ao miradouro de Nossa Senhora da Candosa onde tem a sua capela desde o ano de 1958, os mesmos  têm cerca de 650m de distância mas como não é circular tem de voltar a fazer o percurso de volta.

Estes passadiços destacam-se pela paisagem onde estão inseridos junto à  garganta do Cabril do Ceira, também conhecido como portas do Ceira, os passadiços levam-nos até seis miradouros colocados estrategicamente sobre a paisagem que se abre sobre o rio Ceira e a Serra da Lousã. 

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No Inverno em tempo de chuva tem de se fazer atenção por ser escorregadio, embora tenham apenas 650m tem muitas escadas com descidas e subidas inclinadas. 

Nós fizemos durante a manhã e foi tranquilo, junto à capela tem um pequeno parque com árvores e mesas com bastante sombra onde podem lanchar ou almoçar. 

Daqui ao centro de Góis são apenas cerca de 8km, se seguir para a Lousã a praia fluvial da Senhora da Graça em Serpins fica logo à saída. Se seguir para Góis pode fazer um pequenino desvio de 500m logo após Vila Nova do Ceira e dar um saltinho à praia fluvial de Canaveias, são apenas algumas das sugestões. 

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Veja as fotos na nossa página de facebook: Passadiços Cabril do Ceira

 

Moinhos da Barrosa

Um segredo bem escondido no lugar de Mansores

Recantos e Encantos, 17.08.22

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Os Moinhos da Barrosa são sem dúvida o ex-líbris do Pr11 das Levadas em Mansores (Arouca), foi a segunda vez que os visitamos e voltamos a ficar encantados com este recanto.

Quem quiser e gostar de caminhar pode fazer o trilho desde o centro de Mansores, tem placas indicativas do PR11, é circular e tem cerca de 10km. 

Quem gostar mais de visitar os recantos mais bonitos tem a opção de aceder diretamente à zona dos moinhos, foi o que fizemos. Seguem para de carro para Barrosa,  estacionam o carro mesmo à entrada do Trilho dos moinhos, depois é só descer e deixar-se deslumbrar. Claro que têm de voltar a subir de volta, mas vale bem a pena e o percurso é pequenino.

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Aconselhamos a visitar ao longo de todo o ano, mesmo agora no verão tem imensa sombra, mas o ideal é mesmo no Outono com as folhas ou no Inverno quando o caudal da água é maior (mas atenção que é escorregadio).

Quem gostar de fotografar vai amar este lugar, parece um bosque encantado.

Veja todas fotos na nossa página de facebook e siga-nos: Fotos Moinhos da Barrosa

Passadiços do rio Uíma em Fiães

Recantos e Encantos, 17.08.22

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Este ano voltamos aos Passadiços do rio Uíma em Fiães, conhecemos este recanto em 2020 no inverno com as árvores nuas, desta vez fomos surpreendidos com muita vegetação e sombra. Este recanto é muito bonito, embora seja um espaço pequenino, são cerca de 2km ida e volta. (não é circular)

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Fizeram entretanto passadiços e trilho que continua até às Caldas de São Jorge, embora tenha algum percurso por estrada, para quem gosta de caminhar e fazer trilhos maiores é uma boa alternativa. (cerca de 7km ida e volta).

O percurso que vai até às Caldas começa perto do estacionamento do lado sul, tem de se seguir pela estrada à esquerda, aparece do lado direito os passadiços novos em madeira. Não existem indicações junto aos de Fiães o que é pena porque quem não conhece não faz ideia que pode continuar a sua caminhada. 

Podem ver as fotos aqui na nossa página do facebook: Fotos Passadiços rio Uíma

Recantos de Encanto em São Martinho do Porto

Recantos e Encantos, 16.04.22
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A baía de São Martinho do Porto surge com o progressivo assoreamento da antiga lagoa, sendo nos nossos dias uma praia de distinta beleza em forma de concha. O oceano Atlântico aflui entre os Morros do Farol e de Sant’Ana.

No decorrer do século XII, Alfeizerão, que se situa mesmo ao lado, era um importante porto marítimo.
Hoje é um sítio de passeio familiar por excelencia, com uma marginal que percorre toda a praia e que com este sol estava cheia de gente neste feriado.
 
Nós fomos explorar em família alguns dos recantos com mais encanto, começamos pelos miradouros que nos mostram a magnífica paisagem deste lugar.
 
O miradouro do Farol do Morro de Santo António, deslumbrante, não tendo agora qualquer função além da turística e da memória, em tempos defendia a entrada na baía de São Martinho do Porto. Atualmente o farol é substituído por sistemas mais modernos para cumprirem a mesma função. Do local do farol a paisagem é impressionante sobre a baía, a vila e o mar, representando igualmente um belo passeio a pé de cerca de 400 metros pelo cimo das arribas. Atenção ao fazer este percurso uma vez que se deve ter muita prudência.
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A meio deste percurso descobrimos um pequeno trilho existente por entre o arvoredo, o local é quase mágico e que nos leva diretamente ao pequeno cais.
Uma das atrações que queríamos visitar era mesmo ali, o famoso túnel com cerca de 60 metros de comprimento que atravessa por baixo do Morro de Santo António e de onde pudemos ir espreitar o mar do outro lado bem mais agitado do que na calma baía.
 

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 Mais acima fica um outro miradouro o do cruzeiro de fácil acesso e que também tem uma vista única sobre a cidade.
São Martinho do Porto é sem dúvida um baú de surpresas.
 
Veja todas as fotos na nossa página do facebook: Fotos São Martinho do Porto